sábado, 11 de julho de 2009

O Pós-Sócrates

A bancada do PS pôs ontem travão a várias propostas do Governo no último plenário agendado para o processo legislativo.
Das mais gravosas, uma lei das estradas, cuja proposta do Governo (num pedido de autorização legislativa que causou incómodo na bancada socialista) é retirar competências aos municípios sem ter ouvido a Associação Nacional de Municípios Portugueses nem sequer a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, muito em favor de concessionárias privadas de auto-estradas. Outra que merece destaque é o trabalho a menores de 16 anos, que o governo quer permitir, dizendo só se for leve. _ O que é o trabalho leve? dá que pensar não é?
Noutras frentes António Costa critica o governo, dizendo que trabalhar com certos ministros é um problema e A.J.Seguro resguarda-se nos nis. Alegre declama que o seu milhão de votos não está disponível para um PS bem encostado à direita, que aprovou um código do trabalho contra o trabalho. Carlos César quer um novo PS com novas politicas e outros actores.
É este o saco de gatos, que o PS e o governo têm para nos oferecer. Um partido desfeito, sem doutrina, à deriva, que deixa como herança um conjunto de equívocos, anúncios e vários sectores destruídos (saúde, educação, justiça...), os indicadores económicos e sociais completam o retrato do estado da nação.
Composto o ramalhete, o PS inicia agora a travessia do deserto, vai começar a zanga de comadres, as cotoveladas dos baronetes, o lustro nos umbigos.
O Sr Professor C. Silva, que entretanto já puxou e bem da batuta, terá agora que zelar para que a orquestra parlamentar, componha uma boa sinfonia, que nos tire deste pesadelo de quatro anos.

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