ARGIVAI faz 1060
Argivai comemorou ontem os seus 1060 anos. Sofia Teixeira não deixou de assinalar a data com a seguinte crónica no jornal local, maissemanário.
" A 26 de março a freguesia de Argivai faz 1060 anos.
Argivai é uma povoação milenar, situada na parte Sul do Concelho da Póvoa de Varzim.
Argivai comemorou ontem os seus 1060 anos. Sofia Teixeira não deixou de assinalar a data com a seguinte crónica no jornal local, maissemanário.
" A 26 de março a freguesia de Argivai faz 1060 anos.
Como aqui se escreveu por várias vezes, as rendas às energéticas são excessivas, mas o senhor FMI, Abebe Selassie, só agora se lembrou do assunto. Casa arrombada trancas à porta.
A prioridade do governo desde sempre, além de reformar a sério o estado, deveria ter sido a economia. Mas fazer isso não é tornar o despedimento barato e congelar salários, é sim diminuir custos com fatores de produção e custos de contexto, e aqui, tudo continua a ser lento e desastrado:
- onde está a reforma da justiça
- os licenciamentos rápidos
- a energia e combustíveis sem cartel e corte forte nas rendas
- portagens mais baratas embora se alargue a rede
- etc
Continuo também à espera de corte total de todos os financiamentos a fundações e extinção dos institutos não essenciais ao funcionamento do estado.
Mas não me esqueço como cá chegamos!
Com o PS a bancarrota estaria consumada.
Abriram ontem as comemorações oficiais do aniversário dos 1060 anos da milenar Argivai, antiga sede de concelho e atual paróquia e freguesia.
Pelas 21:30h houve sessão solene com a presença do Vice-Presidente e candidato à autarquia, Aires Pereira, e do deputado argivaense Afonso Oliveira. Além do anfitrião Augusto Moreira, esteve ainda na mesa, o Sr.padre Avelino Castro.
O presidente da Assembleia de Freguesia, estava convidado, mas o seu lugar ficou vazio na mesa, aparecendo depois entre o publico. Há quem não saiba estar na vida publica.
A reestruturação da divida grega afundou o sistema bancário cipriota, portanto, mais uma vitima do sub-prime americano que se iniciou em finais de 2007.
Uma troika, ou parelha, ou lá o que seja, exigiu em troca do resgate uma taxa de 6 a 10% sobre o capital dos depósitos dando em troca ações de bancos falidos. O Chipre tal como Malta, são quase portos francos, dai que além dos nacionais, anda meia europa de mãos na cabeça ( Russos, Alemães e Britânicos).
O governo de direita, perante os resultados da vacinação do FMI, vão reunir de emergência com o propósito de proporem ao país a saída do euro. Apesar do Chipre valer um cagagésimo do euro, para rebentar um grande balão, basta uma pequena agulha!
Foi assim que Vitor Gaspar classificou a avaliação ao programa da troika e do governo, quando lhe perguntaram se reconhecia terem existido erros de avaliação e estratégia.
Se há coisa flagrante, é o fracasso de todo o processo e deixa-nos desbocados quando alguém da equipa aparece a falar dos sucessos da aplicação do programa. A única coisa a apresentar é o equilíbrio da balança de transacções com o exterior, mas mesmo aqui, é uma vitória de Pirro, porque isso não deriva de maior exportação mas sim da falta de moeda e queda no consumo.
Para 2013:
- 19% de desemprego
- 2,3% de défice
- 123% de divida publica em % do PIB (com o PIB a cair o peso da dívida aumenta)
- 5,5% de défice público
Um falhanço em toda a linha. Aliás toda a gente avisou que iríamos bater na parede com este orçamento e a partir do 7º exame poderia ser aberta uma crise politica (claro que nunca de Belém) , não se sabe bem iniciada onde, mas poderá vir da rua. Porque, eu também tenho a sensação, que o povo português não é tão pacifico como se julga, e quando começa a aumentar exponencialmente o nº daqueles que nada têm a perder, o caldo entorna-se de vez.
Lá fora, na diáspora, a vida não está facil. Aqui no nosso concelho, muitos emigrados na Corsega estão a regressar. Em Espanha não há trabalho. A Europa está em crise e o trabalho menos qualificado decresceu. Esta almofada amortece cada vez menos a nossa recessão.
Então o que poderia ser diferente. Bem, tenho pena que tenhamos um ministro das finanças que não saiba coisa alguma de economia. O homem é afinal um guarda livros de gabinete. Acho que vai ser o pior da história de Portugal e os fatos comprovam-no: não acertou uma. Mudar de estratégia seria mudar de ministro. Para os que dizem que tem a vantagem de estar bem visto na Europa, eu vejo isso como uma desvantagem, uma proximidade grande com os gabinetes e lideres europeus, que tem dificultado o distanciamento e uma certa margem de manobra negocial. Não é o ministro que nos dá credibilidade é sim o fato dos credores acreditarem que a nossa economia ou o BCE lhes vai pagar os juros. O resto é conversa.
Quanto às opções do governo, continuam a ser discutiveis. Governar cortando salários, aumentando impostos e despedindo, é facil. O dono duma mercearia faria melhor trabalho.
O que a gente ainda não viu foi regulação a sério na energia, permitindo baixar os custos às empresas e familias. Renegociação, aliás, imposição unilateral do governo às PPPs em função da emergência nacional, tal como fez Paulo Macedo (o único bom ministro do governo) nos medicamentos contra as farmacêuticas. Corte rápido na frota automóvel do estado e criação, de novo, de oficinas gerais de manutenção para pequenas reparações que impedem centenas de carros, por exemplo das forças de segurança, de circular. Recuperação de velhos edifícios do estado e transferência para ai de serviços que estão a pagar rendas leoninas. Corte no orçamento da assembleia da republica, que gasta demais e com ostentação, para o que produz e com a qualidade do que produz ( a qualidade de certas leis é uma lástima) - a revisão do sistema politico deve levar à redução de deputados, demasiados.
A reforma do estado tem de continuar. Se o governo é liberal porque não corta de vez todos os institutos não relevantes para a administração do estado? porque não acaba de vez com o financiamento publico às fundações? não deverá isso ser do domínio da cidadania ? ou será que há outras explicações?
O estado ainda tem muitos departamentos qualificados, com bastantes quadros. Essas pessoas que façam os estudos e os pareceres: corte-se forte nos orçamentos para este tipo de coisas, que são dados a fazer sempre aos mesmos do arco da governação, configurando uma imoralidade e talvez até ilegalidade, porque são processos nada claros e sem concurso publico.
Dissolva-se a Parque Escolar, um dos maiores atentados recentes às contas do estado. As autarquias com metade do dinheiro, teriam feito a remodelação do parque escolar nacional.
Nesta fase acabe-se com a politica do Relvas que quer criar dezenas de comunidades intermunicipais, fazendo crescer a administração do estado em centenas de novos funcionários públicos. ponham-se as comissões de coordenação regional a coordenar projetos inter-municipais e a dar o visto em novas infraestruturas, sendo o critério de construção economias de escala inter-municipais.
Bem, exemplos não faltam do que fazer para governar para os portugueses. Agora querer acabar com o sistema de saúde e educação em favor de um estado mínimo entregando estas áreas aos privados cujo objetivo é acima de tudo o lucro, não está certo e não vingará em Portugal.
Cada vez que o governo pretende malhar em alguém aparece um estudo ou uma noticia de mão. E coincidência maior, são sempre da OCDE, uma chancela que já começa a fazer arrebitar as orelhas a muitos sempre que aparece. Já agora o responsável pelo estudo da OCDE é um português engenheiro eletrotécnico ???!!!!
O assunto é velho e os argumentos estafados.
A avaliação tem que se lhe diga e se há coisa que sabemos é que tem de ser um processo claro e simplificado, sob pena de se tornar numa mistificação carregada de suspeição.
Imagine que se avalia um juiz pelo nº de processos, ou um policia pelo nº de multas, claro está que o primeiro desata a despachar com pouco cuidade e analise e o segundo passa à caça à multa. Ou veja-se o que desencadeou a crise financeira de 2008, os gestores de topo começaram a realizar operações de risco e a conceder crédito irrecuperavel, tudo em nome do desempenho. Por isso é preciso cuidado.
No artigo do publico há várias mistificações. Se há coisa que os professores sempre afirmaram até contra sindicatos, é que a avaliação teria de ter a componente de aulas assistidas. Hoje há aulas assistidas na avaliação em vários escalões e só não há mais porque o governo queria uma avaliação low coast: sem avaliadores formados e sem disponibilizar tempo para esse processo extremamente burocrático que quis implementar. Aliás a avaliação de professores em Portugal é um processo no minimo kafkiano nunca visto em qualquer outra profissão, nem na administração publica.
Mas vejamos. Os modelos dos paises ricos, ditos da OCDE, maioritariamente do Norte, podem ser um chapeu que lá por cima dá para qualquer cabeça, mas no mediterrâneo a realidade socio-económica é outra. Aliás, se o modelo Espanhol ou Italiano é bom, porreiro pá, passamos nós também a usa-lo.
Mas vejamos um exemplo prático, assim rápido. Um modelo baseado na avaliação dos alunos. Dois professores com competências iguais, um está numa escola do centro da cidade, numa área favorecida, onde os alunos competem por notas altas para ingressar no ensino superior; outro, está numa escola de subúrbio onde os filhos dos operários têm pouco acompanhamento e fracas aspirações. Está claro que a primeira escola aparecerá nos rankings liberais bem classificada, e a segunda no final da lista apesar dos professores terem apanhado um esgotamento, ou algum ter sido agredido, ou ter simplesmente conseguido cativar os alunos a não faltarem às aulas, ou que os encarregados de educação encarnem o papel de pais e acompanhem os filhos e apareçam na escola.
Aqui na Póvoa de Varzim, num sistema de avaliação de professores basedo no desempenho dos alunos, será que alguma vez os professores do Cego de Maio e Aver o Mar conseguirão ter uma avaliação superior aos da Rocha Peixoto e Eça? aliás já são penalizados, pois o menor sucesso das primeiras duas escolas - de meios socioeconómicos desfavorecidos - acabou com o acesso desses professores às notas mais altas na avaliação, pois a quotas foram reduzidas.
No tempo do Sócrates estes artigos de encomenda faziam-se. Afinal, o que mudou?
Já não há pachorra para ouvir os mesmo de sempre a clamar pela baixa de salários, quando os custos do trabalho em Portugal já cairam uns 30%.
O Borges veio dizer há poucas horas que os salários baixarem era o ideal. Eu acho que o Passos poderia aproveitar a dica e baixar o dele, já que é funcionário publico pago com os nossos impostos e a gente não sabe quanto ganha, mas concerteza estará nalgum regime especial.
O próprio Passos Coelho disse hoje que o ideal até era descer o salário mínimo e não subir. Para dizer isto mais valia nada dizer. Claro, só pode, " que se lixem as eleições ".
Mas, repetindo o jargão, já não há pachorra para isto. Porque vejamos: o trabalho pesa uns 30% na competitividade das organizações, o resto está dependente da burocracia, formação, carga fiscal, concorrencia, energia, justiça, etc. E nestas outras áreas o que mudou?
Afunilar a questão da competitividade nos salários é pura questão ideológica e de uma certa incompetência, até porque se o 1º ministro não sabe, concerteza não lhe faltam acessores.
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