sábado, 18 de novembro de 2017

OS PROFESSORES, por José Luís Peixoto

O mundo não nasceu connosco. Essa ligeira ilusão é mais um sinal da imperfeição que nos cobre os sentidos. Chegámos num dia que não recordamos, mas que celebramos anualmente; depois, pouco a pouco, a neblina foi-se desfazendo nos objectos até que, por fim, conseguimos reconhecer-nos ao espelho. Nessa idade, não sabíamos o suficiente para percebermos que não sabíamos nada. Foi então que chegaram os professores. Traziam todo o conhecimento do mundo que nos antecedeu. Lançaram-se na tarefa de nos actualizar com o presente da nossa espécie e da nossa civilização. Essa tarefa, sabemo-lo hoje, é infinita.
O material que é trabalhado pelos professores não pode ser quantificado. Não há números ou casas decimais com suficiente precisão para medi-lo. A falta de quantificação não é culpa dos assuntos inquantificáveis, é culpa do nosso desejo de quantificar tudo. Os professores não vendem o material que trabalham, oferecem-no. Nós, com o tempo, com os anos, com a distância entre nós e nós, somos levados a acreditar que aquilo que os professores nos deram nos pertenceu desde sempre. Mais do que acharmos que esse material é nosso, achamos que nós próprios somos esse material. Por ironia ou capricho, é nesse momento que o trabalho dos professores se efectiva. O trabalho dos professores é a generosidade.
Basta um esforço mínimo da memória, basta um plim pequenino de gratidão para nos apercebermos do quanto devemos aos professores. Devemos-lhes muito daquilo que somos, devemos-lhes muito de tudo. Há algo de definitivo e eterno nessa missão, nesse verbo que é transmitido de geração em geração, ensinado. Com as suas pastas de professores, os seus blazers, os seus Ford Fiesta com cadeirinha para os filhos no banco de trás, os professores de hoje são iguais de ontem. O acto que praticam é igual ao que foi exercido por outros professores, com outros penteados, que existiram há séculos ou há décadas. O conhecimento que enche as páginas dos manuais aumentou e mudou, mas a essência daquilo que os professores fazem mantém-se. Essência, essa palavra que os professores recordam ciclicamente, essa mesma palavra que tendemos a esquecer.
Um ataque contra os professores é sempre um ataque contra nós próprios, contra o nosso futuro. Resistindo, os professores, pela sua prática, são os guardiões da esperança. Vemo-los a dar forma e sentido à esperança de crianças e de jovens, aceitamos essa evidência, mas falhamos perceber que são também eles que mantêm viva a esperança de que todos necessitamos para existir, para respirar, para estarmos vivos. Ai da sociedade que perdeu a esperança. Quem não tem esperança não está vivo. Mesmo que ainda respire, já morreu.
Envergonhem-se aqueles que dizem ter perdido a esperança. Envergonhem-se aqueles que dizem que não vale a pena lutar. Quando as dificuldades são maiores é quando o esforço para ultrapassá-las deve ser mais intenso. Sabemos que estamos aqui, o sangue atravessa-nos o corpo. Nascemos num dia em que quase nos pareceu ter nascido o mundo inteiro. Temos a graça de uma voz, podemos usá-la para exprimir todo o entendimento do que significa estar aqui, nesta posição. Em anos de aulas teóricas, aulas práticas, no laboratório, no ginásio, em visitas de estudo, sumários escritos no quadro no início da aula, os professores ensinaram-nos que existe vida para lá das certezas rígidas, opacas, que nos queiram apresentar. Se desligarmos a televisão por um instante, chegaremos facilmente à conclusão que, como nas aulas de matemática ou de filosofia, não há problemas que disponham de uma única solução. Da mesma maneira, não há fatalidades que não possam ser questionadas. É ao fazê-lo que se pensa e se encontra soluções.
Recusar a educação é recusar o desenvolvimento.
Se nos conseguirem convencer a desistir de deixar um mundo melhor do que aquele que encontrámos, o erro não será tanto daqueles que forem capazes de nos roubar uma aspiração tão fundamental, o erro primeiro será nosso por termos deixado que nos roubem a capacidade de sonhar, a ambição, metade da humanidade que recebemos dos nossos pais e dos nossos avós. Mas espero que não, acredito que não, não esquecemos a lição que aprendemos e que continuamos a aprender todos os dias com os professores. Tenho esperança.
Artigo de José Luís Peixoto, publicado na revista Visão de 13 de Outubro de 2011

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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

E que venham mais quatro anos de trabalho

As autárquicas já la vão, sendo possível aferir meia dúzia de ideias.

 O PS ganhou as eleições, estando no governo, o que nem sempre é facil, mas os ventos corriam de feição. O PSD perdeu menos do que se diz, sendo que foi incomodo a perda de cidades como Lisboa e Porto e mais ainda como esses pocessos foram geridos.

A CDU teve derrotas importantes no alentejo e margem sul, territórios historicamente vermelhos, entre outras causas talvez o abraço de urso na geringonça.

Os outros, sem tradição ou estrutura autárquica, do pouco que conseguiram, muita festa fizeram, sem querer tirar o mérito de Assunção em Lisboa também ajudada pela falta de comparência de outros.

Por cá, à revelia da tendência nacional o PSD foi apadrinhado nas urnas. Nas freguesias foi esmagador. Na câmara obtém 7 mandatos, encostando o principal adversário ao limiar mínimo de sobrevivência e eliminando o resto. A explicação tem muito que ver com suor e pouco com politiquice, teorias e conspirações.

E que venham mais quatro anos de trabalho, para continuar a desenvolver a Póvoa.

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domingo, 1 de outubro de 2017

Resultados CM - fechados


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RESULTADOS DE ARGIVAI PARA A ASSEMBLEIA DE FREGUESIA


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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

PORQUE O MEU PARTIDO É A POVOA

No domingo vou votar. E vou eu e a família direta e alargada. Porque nesta família se ensinou o que custou chegar ao voto universal, a base da democracia, da qual estivemos privados por mais de cinquenta anos. E por isso nós vamos ser parte da decisão.

Nestas eleições o meu partido não tem cor. O meu partido são aqueles candidatos que maior garantia me dão para o desenvolvimento da terra. Gente que provou que é capaz de fazer, com erros com certeza, mas poucos, e só não erra quem nunca fez nada.

Domingo, o nosso voto vai para o movimento TODOS SOMOS POVEIROS, apoiado pelo PSD, porque reuniu os melhores para continuar a labuta por um concelho melhor. Gente insatisfeita, que quer sempre mais e melhor.

CÂMARA - PSD Aires Pereira
ASSEMBLEIA MUNICIPAL - PSD Afonso Pinhão Ferreira
ASSEMBLEIAS DE FREGUESIA - PSD ( ARGIVAI com Ricardo Silva e Agusto Moreira)

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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Coisa de província

Nestes dias de campanha, é frequente ver lideres políticos nacionais, envolvidos nas campanhas autárquicas.

Dai advêm leituras de alinhamentos partidários, zangas de comadres  e posicionamentos prospectivos. Tudo menos, por uma vez que seja, o apoio genuíno de A a B. É claro que rareia, mas ainda há.

Mas, a armadilha da coisa, reside no fato de muitos lideres políticos começarem por afirmar que as eleições autárquicas são um fenómeno local. Depois aproveitam a ocasião para espetar umas colheradas de politica nacional, e a coisa entre trocas de galhardetes sobe ao estatuto nacional. E por fim, se os resultados agradam, terá sido uma grande vitoria nacional do partido. Se a coisa derrapar, lá terá de se acoitar finalmente ao seu estatuto de coisa da província.


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terça-feira, 26 de setembro de 2017

La bela MercaDona

Não sendo noticia nova, sabe-se que o grupo Mercadona já assinou um contrato com a CMPV para a localização de um centro logístico em Laundos. Este será o background para 4 lojas que o grupo abrirá no Norte.

Esta localização tem que ver com vários fatores de localização: especialização local na produção de primores horticolas; bons acessos pela A28; boas infraestruturas em Laundos; beneficio fiscal com ausência de derrama.

É uma boa noticia para o município e trará certamente umas centenas de postos de trabalho diretos e indiretos, assim como conhecimentos na área logística; esperemos que de futuro venham mais empresas, até na área da transformação, criando assim uma integração vertical num futuro cluster agro-industrial.

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sábado, 23 de setembro de 2017

A estrelinha histórica

Portugal é uma pequena economia aberta. Quando os nossos mercados crescem nos crescemos, quando não, acontece o contrario.

A Europa está a crescer, o que "puxa" pelas nossas empresas, que hoje são um tecido algo diferente do de 2008, uma vez que, dai p´ra cá, muitas fecharam por falta de competitividade, e outras, e bem, tiveram de arranjar alternativa aos mercado interno.

A revolução na aviação comercial, com as low coast, associado ao fenómeno das primaveras árabes, trouxeram-nos enxurradas de novos turistas, num grande reforço do PIB, que ainda agora é difícil de contabilizar.

Tudo isto tem puxado pela nossa economia, fazendo subir o PIB e descendo o défice em % do 1º, existindo uma maior folga orçamental que tem permitido ao governo aumentar o rendimento disponível e estimular a economia também por via do consumo interno.

Por outro lado, todos estes indicadores têm dado mais confiança aos nossos credores de que irão de fato receber aquilo que nos emprestaram, fazendo cair as taxas de juro de novas emissões de divida publica, o que vai permitindo trocar divida e assim, paulatinamente, fazer a sua reestruturação, reduzindo o serviço da divida e aumentando a folga orçamental.

Ora todos estes fatores são mais exógenos, e têm menos que ver com a governação, basta ao governo não entrar em grandes euforias orçamentais.

Tem faltado à oposição arte para expor a realidade e mostrar que o rei vai um pouco nu. E já agora, uma equipa de qualidade com boas propostas para o futuro.

Quanto ao PS, tem tido a estrelinha da história do seu lado, chegar ao poder numa mudança de conjuntura económica.

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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

PORQUE O MEU PARTIDO É ARGIVAI


Eu não sou imparcial. Eu acredito no Augusto. É um homem bom, voluntarista, que acredita na sua terra. E amanhã pelas 19:30h, lá estarei para lhe dar força e para que saiba que pode contar comigo para o que vier. Porque sou amigo dele, como se fosse meu pai, e porque o meu partido é Argivai.

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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

A propósito de tudo mas nada em especial

A polémica colocação de professores na mobilidade fez soltar um coro de virgens ofendidas. Não há um único governo que esteja incolome  neste processo, por isso " porque non te calas ? ". A questão não é facil de explicar , mas seria bom como principio a graduação e depois colocar na mobilidade pelo menos horários a partir de 10h.

Na península da Coreia a coisa está negra. Era importante a China assumir as suas responsabilidades e resolver o assunto de vez. Há rumores de que Israel se tenha disponibilizado para assassinar o camarada Kim.

Por cá aproximam-se as autárquicas. Os debates que temos visto na televisão são de uma pobreza extrema e servem para mostrar a mediocridade de muitos candidatos. Na Povoa Aires Pereira soma e segue, o que se explica facilmente pelo seu pragmatismo: proximidade com o eleitorado, cumprimento de promessas eleitorais, determinação, clareza no discurso e na identificação de causas.

As agências de rating preparam-se para tirar Portugal "do lixo". O aumento do consumo e das exportações levaram a economia a crescer com consequenciais no défice  e na divida. Se não houver equilíbrio no próximo orçamento de estado será fácil desbaratar este aumento da confiança. Como muita gente ja disse, sem um modelo económico assente em exportações e menos no consumo não conseguiremos sustentar esta tendência.

Andam ai uns artistas, minoritários, desagradados com o turismo. Porque faz barulho, lixo, inflaciona os preços, bla bla bla bla... É bom. É o preço do desenvolvimento. A solução é a regulamentação. Em todos os grandes destinos turísticos é assim.

O aquecimento global provoca o aquecimento dos oceanos, alimentando com mais energia os fenómenos ciclónicos. Este ano a época de furacões no golfo do México está a ser especialmente violenta. Pode ser que isso torne o presidente Trump mais flexível quanto ao acordo de Paris.

Por falar em turismo, a afluência turística na Póvoa voltou a crescer. Tem que ver com uma tendência generalizada, mas também com a oferta que se foi criando, desde o aumento da qualidade do espaço publico até à programação variada e continua ao longo do ano. Já se justificava mais um grande hotel na Povoa - seria um bom objetivo eleitoral.




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Cautela

Pois...é !
Cautela com a proposta de orçamento de estado.

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terça-feira, 22 de agosto de 2017

" Da Póvoa Para O Mundo "

O nossos vizinhos vileiros, têm tido mérito em " Um Porto Para O Mundo". Uma excelente iniciativa, que aproveita o património existente como envolvente.

As boas ideias devem ser copiadas. Não sendo original, uma vez que é um modelo de valorização de património utilizado há décadas em países como Itália ou Viena.

Por cá, a Câmara reabilitou a fortaleza. Num primeiro momento a concessão a privados não funcionou. Mas o espaço está reabilitado e é neste momento facilmente visitável, o que é positivo e não acontece com a do lado (exemplo a não copiar).

Seria muito interessante que a nossa fortaleza fosse palco de uma grande produção de teatro de rua. Qualquer coisa como " Da Póvoa Para O Mundo".

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A continuar assim ainda fico fluente em francês nativo

Em ano de eleições é dificil fazer alguma coisa que não seja apelidada de eleitoralismo.

Tenho ouvido recorrentemente dizer às más línguas que "nunca se viu tão pouca gente", "isto anda uma desordem", que "antigamente é que era bom" e que " vai por ai um gastadoro em fados e guitarradas".

O fato é que quem ande pela Póvoa nestes dias quentes de verão, constata a verdadeira romaria que tem sido. E preferencias  à parte, a Noite Branca foi formidável - p´ró ano talvez possa ser espetacular.

PS- A continuar assim ainda fico fluente em francês nativo

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Para (a)variar

Hoje p´los jornais de relance, dá-se conta da estranheza da entrada de militares espanhois em Portugal, a quando do fogo de Pedrogão. Trataram-se de viaturas de comunicações militares que asseguram uma espécie de SIRESP espanhol, aos bombeiros castelhanos que estiveram cá.

Daqui advêm várias perguntas:

- Sendo militares, tiveram alguma autorização especial?

- Sabia o governo de quem ia entrar cá e com que supervisão?

- Se vinham bombeiros estrangeiros, estando enquadrados numa estratégia de atuação e estrutura de comando, para que foram necessárias estruturas de comunicação externas e ainda por cima militares não portuguesas?

Continuamos sem resposta!

Constatamos no entanto que o SIRESP dos nossos vizinhos é assegurado pelos militares - prata da casa. Não nos venham dizer portanto que a tropa só serve para andar aos tiros. A tropa serve para responder àquilo que são as ameaças nacionais, e, neste momento os fogos são uma delas.

As chefias militares têm de pôr de lado o revivalismo colonial - a guerra agora é outra. Se calhar temos ainda quarteis a mais, e com menos, não precisariamos agora de contratar mais 5000 militares.




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quinta-feira, 29 de junho de 2017

Como será pr´ó ano?

Sobre fogos escrevi aqui em 2010, 2012 e 2013.

Do que fui refletindo, a maioria das ideias continuam válidas e à espera de intervenção.

Sem uma economia da floresta ela continuará a arder. Neste aspeto acrescento uma ideia aplicada em outras áreas que são as cooperativas de produtores silvícolas - a não ser assim os pequenos proprietários não terão meios para intervir.

O ordenamento florestal continua por fazer.

Ninguém tem duvida que a coordenação de operaçãos, não sendo um caos, funciona mal. Se funcionasse bem não teriam morrido mais de 60 pessoas recentemente, ou não teríamos ficado sem comunicações.

Já havia escrito, que os fogos são assunto muito sério, mas até agora continuou-se a não pensar assim. E não vale apena andarem os políticos a empurrar culpas, porque são os sucessivos governos culpados.

Vai-se por ai criar uma comissão que não vai servir para nada porque não tem imparcialidade - a raposa está no galinheiro. Chamem peritos internacionais para fazer uma inspeção, o resto serão tretas.

Ainda sobre responsabilidade, não há duvida, a senhora ministra, deveria ter colocado o lugar à disposição, não quer dizer que se fosse embora, mas só lhe ficaria bem enquanto responsável politica - é que morreu muita gente!  Lágrimas de crocodilo não resolvem problemas.

Então a senhora ministra não sabia que o SIRESP não funcionava? mesmo dentro da capital em espaços de ajuntamentos de multidões?  isto é tudo do domínio da irresponsabilidade e amadorismo.

O que aconteceu era previsível. Tendo alguns conhecimentos nesta área diria que é possivel prever estas catástrofes cruzando vários tipos variáveis em aplicações do tipo SIG: histórico de áreas ardidas, biomassa, humidade do solo/balanço hídrico, dados meteorológicos. Daqui resulta um zonamento de risco que se cruza com a rede viária e os vários elementos da humanização no espaço (povoamento, unidades fabris, etc); com base nisto traçam-se planos e protocolos de atuação. A pólvora está inventada.

A sociedade também pode reagir e não ficar à espera do estado com todos os seus lobis e inércias. AQUI dá-se conta de um bom exemplo.

Mas não embarquemos numa cruzada contra o eucalipto. A pasta de papel é uma industria importante, e mesmo assim Portugal, tem falta de matéria prima. Há solo cujo uso é apropriado ao eucalipto, mais uma vez, o que é necessário é ordenamento florestal.

Como será pr´ó ano?


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Ponto final

A atitude de Salvador Sobral na gala de recolha de fundos para a catástrofe de Pedrogão foi desbocada e irrefletida.

O incidente não lhe retira méritos a ele como artista, nem valor ao evento.

O resto é do foro da conspiração e de um certo  provincianismo.

Ponto final.


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quarta-feira, 7 de junho de 2017

Burocraciazinha

Há duas questões futuras importantes na criação de um evento: se ele vai seguir bom caminho e se ele se vai consolidar.

A câmara da Povoa tem conseguido fazer crescer e consolidar alguns como as Correntes e o São Pedro e lançar outros pelo mesmo caminho como os Dias No Parque ( DNP)

Há aqui mérito. Há apostas pifias, nem sempre se consegue apostar no cavalo certo; mas as coisas têm resultado. Os DNP crescem a olhos vistos, sendo hoje um caldeirão sociológico curioso onde todos têm lugar, o concelho mostra-se a si mesmo e aos de fora e em cada ano poderá ser aquilo que for melhor em cada tempo.

Mas isto é Portugal e em Portugal quando algo funciona bem, trata-se de arranjar uma burocraciazinha. O CDS já disse que é preciso um regulamento para atribuir barracas e eu até já aposto que na próxima reunião de câmara vai falar do terrorismo, dos planos de incendio da desratização, do transito e não deve ter tempo para mais.

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Onde pára Marcelo?

Inicialmente não achei piada  a Marcelo como candidato a Belém. Achei que não tinha perfil, por aquelas novelas da vida doméstica, em que por vezes encalhava.

Mas votei nele.

Hoje reconheço que as suas qualidades superam largamente alguma inconveniência.

É um estilo próprio. Sim, é. Tendo deixado o maquiavelismo pré eleitoral de lado, hoje aparenta ser genuíno e consensual. E  preferências à parte, tem a aprovação do povo.

Por estes dias emergem outras espumas. O Presidente anda pelos Açores. Mas nada é por acaso. É preciso lembrar a Trump que aquilo é Portugal, e que as Lajes têm um preço, e, há quem esteja disponível a pagar bem por ela !

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Será desta?

António Caetano, o vice de Elisa Ferraz é candidato à Vila. Será desta que o PSD ganha a Vila?

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quinta-feira, 1 de junho de 2017

TODOS SOMOS POVEIROS 2017

"A sala de congressos do Áxis Hotel Vermar ficou ontem (26 Maio) lotada na apresentação da recandidatura de Aires Pereira à presidência da Câmara da Póvoa de Varzim, pelo PSD. "Todos somos poveiros" é um lema que se repete assim como o mandatário das candidaturas (Macedo Vieira) e o líder da comissão de honra (Rui Faria). Também o cabeça-de-lista à presidência da assembleia municipal (Afonso Pinhão Ferreira) e  recandidatos a juntas de freguesia: Paulo João (em Rates), Fernando Rosa (Aguçadoura / Navais), José Araújo (Balasar), António Pontes (Laundos), José Armandino (Estela) e Carlos Maçães (Aver-o-Mar, Amorim e Terroso). A surpresa da noite, ou nem por isso, foi o anúncio de Ricardo Batista (ou Ricardo Silva, na designação de há quatro anos quando encabeçou a lista do PS) que concorre à União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai. Para Daniel Bernardo que foi a aposta há quatro anos, Aires Pereira não dedicou uma palavra diretamente.  Ricardo Batista  diz que vai tentar concretizar as ideias que já tinha apresentado há quatro anos quando concorreu pelos socialistas. Mais a norte, Carlos Maçães disse aos jornalistas que a sua lista independente terá várias caras novas e manifestou o apoio total a Aires Pereira apesar de ter boas relações pessoais com o médico Miguel Fernandes – o clínico exerce em Aver-o-Mar - que é o candidato PS à Câmara. E não terá sido por caso que Aires Pereira dedicou grande parte do seu discurso a Aver-o-Mar, realçando as obras feitas na vila. E fez questão de mexer numa questão polémica para dizer que, com ele, nunca ocorrerá a abertura ao trânsito automóvel da marginal a norte do estádio do Varzim. O candidato do PSD não resistiu a mencionar as divisões nas estruturas locais do Partido Socialista e, no dia do arranque, fez questão de dizer que não está na corrida contra a própria vontade, mas sim porque gosta e acredita que pode fazer mais pelo município que, nos próximos quatro anos, terá investimentos a rondar os 50 milhões de euros. O presidente da Comissão Política Distrital, Bragança Fernandes, elogiou os autarcas da Póvoa e estabeleceu o perigo num concelho de maioria absoluta: a abstenção."  in Radio onda viva

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quarta-feira, 29 de março de 2017

Centro Hospitalar ao rubro

O assunto tem-se vindo a arrastar ao longo dos anos.

No tempo de Macedo Vieira a hipótese de um hospital novo esteve em cima da mesa, e até foi sendo apadrinhada pelos sucessivos governos, que sempre alimentaram a coisa, principalmente nos períodos pré eleitorais.

O espaço seriam uns terrenos entre Argivai e a Vila, próximo do novo bricomarche (julgo)

Depois, veio a crise e fecharam-se as torneiras. Nas crises há males maiores que os físicos !

Os governos, com o hospital de Matosinhos em défice e subaproveitado, vieram depois  com o argumento da optimização dos recursos regionais.

Por cá, o nosso presidente nunca desarmou e nunca se conformou com o fecho do centro hospitalar.

Lá pela vila, a alcaida, estranhamente, vem agora dizer que vê com bons olhos um aluguer ao sr do Bonfim e pelos vistos dos bons préstimos. O sr do Bonfim é que também já disse, que quem manda é ele, e portanto serviço publico ali só com os seus mandos !

Aires Pereira em várias ocasiões já reafirmou - centro hospitalar até ao fim, venha quem vier. E mais: disponibiliza o quarteirão lateral ao hospital, pertencente à câmara, para alargamento e beneficiação do hospital. Uma obra de 4 milhões (trocos para o MS) em que as duas câmaras contribuiriam (se a vila não quiser a Póvoa cobrirá a sua parte) e poderá ainda ser comparticipada pelo Portugal 2020 .

Ora estamos a falar de um valor baixo para o que está em causa; uma solução para os próximos 20 anos, que pode ser concluída num ano - é que a discussão já dura uns 10 anos e não chegamos a lado nenhum. Esta solução é mais barata do que a adaptação e transferência dos serviços para o Sr do Bonfim, para além de continuarmos com o hospital mais próximo das populações.

A Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim, aprovou entretanto uma moção a defender o Serviço publico de saúde no Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, com obras de beneficiação no atual hospital.


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Turismo em Debate na Póvoa


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domingo, 26 de março de 2017

Presidente da Câmara Passou por Argivai


O dia 25 de Março ficou marcado pela visita do Sr. Presidente da Câmara Municipal a Argivai.

" Esta visita deu continuidade a tantas outras que o edil tem vindo a fazer com o objetivo de percorrer o nosso concelho e ouvir a população na totalidade. Esta é uma oportunidade que todos os munícipes têm de colocar as suas questões e encontrar, eventualmente, solução para alguns problemas.
Acompanhado pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal, Luís Diamantino, pelos Vereadores Andrea Silva, Lucinda Delgado e Ricardo Zamith, e pelo Presidente da União de Freguesias Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, Daniel Bernardo, Aires Pereira respondeu a questões relacionadas com a Estrada Nacional 206, a requalificação do Largo do Bom Sucesso, do Aqueduto e ainda sobre o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde.
Antes do encontro com a população na Sede da Junta de Argivai, o Presidente visitou alguns locais da freguesia, nomeadamente, a Igreja Paroquial, o Cemitério e a Capela do Bom Sucesso, que está a ser alvo de obras de recuperação. O pároco da freguesia, Pe. Avelino explicou o processo de reabilitação da Capela, dando a conhecer o que já foi feito e ainda falta fazer.
O atual Parque de Merendas e o espaço onde se pretende criar o novo também fizeram parte desta visita, bem como o campo de futebol sintético inaugurado em 2015.
Aires Pereira também se deslocou à Rua do Forranjal, que a Junta pretende alargar e criar uma nova ligação à freguesia de Beiriz. Também nesta zona pôde constatar o estado em que se encontra o Aqueduto, que está a ser alvo de uma candidatura para a sua reabilitação. Manifestou disponibilidade em colaborar nesse processo, lembrando que a proprietária do monumento é a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, entidade responsável pela sua manutenção.
Na reunião com os argivaienses, Daniel Bernardo referiu-se aos próximos investimentos da União de Freguesias, nomeadamente, o novo Parque de Merendas e o alargamento da Rua do Forranjal para ligação a Beiriz.
Dada a palavra ao público, a população mostrou-se bastante preocupada com a falta de sinalização e passeios na Estrada Nacional 206.
Sobre esta questão, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim esclareceu que o Município não pode intervir nesta estrada pois a mesma é da responsabilidade da Estradas de Portugal. No entanto, por considerar que a segurança dos munícipes está em causa, sugeriu que manifestassem à entidade essa necessidade através de um abaixo-assinado.
Os argivaienses reclamaram que fosse colocada nas autoestradas com saída para o nosso concelho (A28 e A7) sinalética com a indicação “Póvoa de Varzim”, ao que Aires Pereira respondeu tratar-se de uma questão que já foi colocada mas não conseguiu ver resolvida devido a regras de sinalização. No entanto, já pensou numa alternativa que passaria pela colocação de painéis publicitários a convidar a uma visita à nossa cidade.
Sobre os próximos investimentos em Argivai, o autarca transmitiu que em relação ao novo Parque de Merendas a Câmara irá oferecer o equipamento necessário, desde que a Junta faça o movimento de terras, e prevê que fique pronto até ao início do verão. Está também prevista a requalificação do Largo do Bom Sucesso através da qual será possível acabar com o estacionamento desregulado e abusivo de que a população se queixou nesta zona.
O edil informou que, ao longo deste ano, haverá um reforço de contentores e anunciou que será colocado em prática, numa zona piloto da Póvoa de Varzim, um sistema de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos. O que acontece atualmente na Póvoa de Varzim é o pagamento do valor mínimo (€10) pela recolha do lixo, uma vez que este está diretamente relacionado com o gasto da água. Com o novo sistema de recolha, o munícipe irá pagar pela quantidade exata de lixo que produzem, em vez da taxa indexada à fatura da água.
Este sistema denomina-se PAYT (Pay as you trow) – qualquer coisa como “pague à medida que deita o lixo fora” – e, basicamente, quanto mais lixo um habitante produzir, mais paga. Em cada habitação serão entregues quatro contentores (para o lixo indiferenciado, o plástico, o vidro e o papel), equipados com sistemas que permitem pesar a quantidade de resíduos depositados e identificar o utilizador, através de um cartão.
Questionado sobre o caso do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde, Aires Pereira fez questão de explicar aos presentes todo o processo, desde o seu início, demonstrando a posição coerente e firme que o município poveiro tem mantido: “nunca desistimos de fazer um novo hospital mas até lá deve ser feito o investimento no aumento do que já existe para que todos tenhamos melhores condições nos serviços de saúde que nos são prestados”.
Uma vez mais reafirmou a sua posição de defesa intransigente do Sistema Nacional de Saúde e deixou o apelo: “devemos continuar atentos e vigilantes”.
Recorde-se que a ampliação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/ Vila do Conde foi uma das questões discutidas na última sessão de Assembleia Municipal na qual foi aprovada uma moção defendendo o alargamento das instalações do hospital e recusando a deslocalização do Serviço Nacional de Saúde (SNS)."

Noticia adaptada do Portal Municipal

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O regabofe das colocações dos médicos

Quatro décadas depois do 25 de Abril há corporações que continuam a bloquear a sociedade e a dificultar a qualidade de vida da população.

Por estes dias os média voltam a colocar em relevo a falta de médicos no interior e algarve.

Ora vejamos, dos vários corpos públicos, juízes, PSPs, GNRs, Professores... é tudo colocado por concurso público de aceitação obrigatória, à exceção, claro está, dos médicos. E pergunta-se como? não tenho resposta.

Dos quadros superiores públicos, a formação  em medicina é a mais cara; várias vezes mais cara que qualquer outra. Ou seja, na formação de um médico, o estado (todos nós) podemos investir várias dezenas de milhares de euros, e esse profissional, no fim da formação pode ir fazer dinheiro para outro país ou ingressar no serviço privado, sem nada ter contribuindo a quem lhe pagou a formação.

Os indivíduos formados nas academias militares têm de dar cinco anos ao estado, mesmo os de medicina.

Ora, volto a perguntar: como é este estado de coisas possivel?

Como é que o interesse de uma corporação se consegue sobrepor ao interesse nacional numa área fundamental? o acesso à saúde.

Os estado  gasta fortunas em programas de aliciamento à fixação de médicos, combate a listas de espera e bancos de urgência. As empresas de subcontratação de turbo-médicos fartam-se de faturar. Ou seja, estamos todos fartos de pagar, mas a coisa não muda.

Os bastonários dos médicos, até irrita pela carga de demagogia com que fala da situação. Que eu saiba, entre outras, uma ordem serve para defender a qualidade do serviço numa profissão. A dos médicos não: a principal bandeira tem sido bloquear a formação de médicos para fazer subir o custo do trabalho ou então minar tudo com propaganda para aumentar a margem negocial junto do governo. E, como se sabe, sendo a saúde um tomba ministros, o poder da classe é grande.

Vamos ver até quando dura o regabofe.

PS- A critica não é ao médico, pois a maior parte são excelentes profissionais. O problema é o sistema que está mal formatado e não serve os interesses do país.

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

PSI - Portugal Sem Investidores

Em Portugal o que se passa com o mercado de valores mobiliários é uma vergonha. A desregulação é total, os pequenos investidores não têm proteção nenhuma, uma vez que nem têm acesso a informação, nem são protegidos pelo regulador.

Como é possível uma empresa fazer aumentos de capital, cotando as novas ações a um preço ridiculamente abaixo do valor à data, ou real. Muitas têm-no feito, só para citar exemplos: sonae industria e BCP.

O aforro que pequenos investidores fizeram na bolsa portuguesa, esvaiu-se, nalguns casos escandalosamente. O Rei vai nú e o povo é sereno.

Por isso, as empresas bem podem esquecer o financiamento em bolsa. Isto por cá é uma farsa total, de onde os fundos estrangeiros se puseram a milhas, os pequenos faliram e não voltam a entrar, e, à falta de melhor, os angolanos e chineses compraram a patacos.

É o país que temos.

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A procissão ainda vai no adro

Donald Trump nunca acreditou chegar a presidente. Mas chegou. Posto isto, verificamos um narcisismo exacerbado, por aquilo que ele julga ser uma vitoria pessoal do self made man. Acontece que a casa branca não é a Trump Tower, nem os cidadãos americanos são seus subitos empregados.

O estilo arrogante, cheio de populismo, contradições e lugares comuns, é uma mistura explosiva. Pode ter tido um resultado tangente num festim eleitoral, mas não chega para fazer um caminho num pais com tantos contrapesos democraticos.

Por esta altura os mass média têm gasto rios de tinta sobre o assunto e há posições para todos os gostos, sendo que os pró-trump portugueses são muito mitigados, sabe-se lá porquê.

Mas, a guerra que está prestes a começar contra Trump será mais dura e com maiores consequências, e é aquilo a que na américa se chama o impedimento/impeichement. O primeiro processo num tribunal federal já saiu, e tem que ver com uma alegada promiscuidade entre os negócios do sr. e o seu cargo publico. Acredito que outros virão, tudo bem apimentado com os movimentos sociais anti-trump (feministas, multiculturalistas, extremistas, anarquistas...)

A procissão ainda vai no adro.

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A partir de agora há condições para clarificar melhor a nossa história recente

Morreu Soares. As cerimonias fúnebres decorrem. Ficará na história do pais. O seu principal mérito foi, depois de uma ditadura de direita, evitar que caíssemos numa ditadura de esquerda, apoiada pela URSS.

Decorrente do processo, aderimos à NATO e à CEE. Foi o melhor rumo que tínhamos. Foi acertado.

A partir de agora é possível clarificar melhor alguns períodos da nossa história.

Uma coisa que nunca percebi e nunca vi discutida foi o real papel de Soares na descolonização. Muitos acusam-no de responsabilidade numa descolonização apressada e desfavorável aos interesses dos colonos, e, como se sabe, sendo apressada, também foi desfavorável aos colonizados que emergiram em gerras civis.

Parece claro que o MFA foi o orquestrador da descolonização ( pelo menos tinha o real poder), com Melo Antunes na sombra a ultrapassar Spinola. Mas se assim foi, porquê Soares, nunca quis discutir abertamente o assunto?

Melo Antunes dirá depois que Soares, teve interesse em branquear algumas partes, para obter dividendos/liberdade politica futura. Julgo que a a partir de agora, haverá condições para clarificar mais algumas passagens da nossa história recente.

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