O regabofe das colocações dos médicos
Quatro décadas depois do 25 de Abril há corporações que continuam a bloquear a sociedade e a dificultar a qualidade de vida da população.
Por estes dias os média voltam a colocar em relevo a falta de médicos no interior e algarve.
Ora vejamos, dos vários corpos públicos, juízes, PSPs, GNRs, Professores... é tudo colocado por concurso público de aceitação obrigatória, à exceção, claro está, dos médicos. E pergunta-se como? não tenho resposta.
Dos quadros superiores públicos, a formação em medicina é a mais cara; várias vezes mais cara que qualquer outra. Ou seja, na formação de um médico, o estado (todos nós) podemos investir várias dezenas de milhares de euros, e esse profissional, no fim da formação pode ir fazer dinheiro para outro país ou ingressar no serviço privado, sem nada ter contribuindo a quem lhe pagou a formação.
Os indivíduos formados nas academias militares têm de dar cinco anos ao estado, mesmo os de medicina.
Ora, volto a perguntar: como é este estado de coisas possivel?
Como é que o interesse de uma corporação se consegue sobrepor ao interesse nacional numa área fundamental? o acesso à saúde.
Os estado gasta fortunas em programas de aliciamento à fixação de médicos, combate a listas de espera e bancos de urgência. As empresas de subcontratação de turbo-médicos fartam-se de faturar. Ou seja, estamos todos fartos de pagar, mas a coisa não muda.
Os bastonários dos médicos, até irrita pela carga de demagogia com que fala da situação. Que eu saiba, entre outras, uma ordem serve para defender a qualidade do serviço numa profissão. A dos médicos não: a principal bandeira tem sido bloquear a formação de médicos para fazer subir o custo do trabalho ou então minar tudo com propaganda para aumentar a margem negocial junto do governo. E, como se sabe, sendo a saúde um tomba ministros, o poder da classe é grande.
Vamos ver até quando dura o regabofe.
PS- A critica não é ao médico, pois a maior parte são excelentes profissionais. O problema é o sistema que está mal formatado e não serve os interesses do país.
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