Os indicadores em Portugal nunca foram tão maus e nem todos são culpa da crise, até porque antes da crise os
resultados já não eram bons.
As opções estratégicas foram erradas: quem não se lembra da frase de Sócrates: “ para Espanha e em força, quando o nosso vizinho é dos mais atingidos pela crise e não puxa pela nossa economia”. Em 16 anos de governos, o
PSD tem responsabilidade de dois. Na déc de 90, Guterres e o despesismo com a economia a crescer, num governo já com Sócrates, enterraram as finanças publicas. Perguntem a Silva Lopes ou Medina Carreira.
Sócrates e o
PS escolheram os bancos, os monopólios, as obras faraónicas que nos endividam e não geram riqueza. O OTA defendida incompreensivelmente: Porquê? Mais uma auto-estrada no litoral: a quem interessa ou serve? O governo disponibilizou 20 000 000 000 euros aos bancos; e às PMEs? Destas últimas lembrou-se há quatro semanas. As ideias deste governo custam-nos muito caro, não criam riqueza nem emprego, hipotecam-nos o futuro. É preciso não esquecer que as grandes obras publicas de Sócrates são ganhas pelas empresas Espanholas fortemente financiadas pelo governo Espanhol.
Há coisas dificeis de compreender: o terminal de contentores em Alcântara, concessionado à Mota-Engil (administrada pelo ex-ministro socialista Jorge Coelho) sem concurso publico por 50 anos. Helicópteros vendidos ao INEM por concursos publico, mas antes do resultado uma empresa já os tinha pintados para entrega? O INEM queixou-se durante meses da falta de viaturas, hipoteticamente gente sofreu ou morreu por falta de socorro, mas a TVi descobriu dezenas delas escondidas, mudadas de sitio várias vezes, mas, continuaram guardadas à espera de um golpe eleitoral para serem entregues.
Este governo não tem consciência social. Deu-se ao
desplante de aumentar os impostos aos reformados, mesmo nas pensões relativamente baixas, cortou subsídios de desemprego a trabalhadores, mas o mais grave é o esbanjamento do rendimento mínimo, onde não há controle e muitos do que o recebem estão na economia paralela. Mas não ficou por aqui, acabou com os professores do ensino especial nas escolas, aumentou a carga fiscal dos deficientes. Este governo não é socialista. Para este governo as pessoas são números, e todos tratados da mesma maneira, como na Rússia, na China, na Korea do Norte, na Venezuela, onde a pessoa humana pouco conta é apenas um individuo. Mais um exemplo disso foi o encerramento de serviços de saúde sem prévia criação de alternativas.
O maior
escândalo é o que se passa na educação e apenas refiro isto: nos testes comparativos internacionais de PISA entre alunos de vários países, os resultados de Portugal continuam maus. Os alunos não sabem mais. Não se iludam, tudo propaganda e show, até uns tais estudos da OCDE que afinal que não eram da OCDE, mas uma espécie de encomenda desmascarada.
O Magalhães foi um golpe populista à Valentim Loureiro, não passou de uma distribuição de electrodomésticos, que como sempre não está pago, o ministro Lino criou uma estranha fundação onde umas empresas e o governo colocariam dinheiro sem controle do tribunal de contas para o financiamento – um esquema mal explicado, como também muito mal explicado a ausência de concurso publico para a fabricação do dito Magalhães.
O ministério da agricultura não existe. Perderam-se 40 000 000 euros sem um único projecto aprovado, uma vergonha, uma desconsideração pelo mundo rural, por milhares de famílias que vivem da lavoura. A única celeridade do ministro foi mandar para a mobilidade especial centenas de funcionários.
Este governo autoritário instalou a maior crispação social já vista em Portugal, desprezando as classes profissionais, os trabalhadores, criando maus sentimentos entre concidadãos. Colocou em risco a autoridade do estado desafiando o P.Republica sistematicamente, desautorizando os magistrados perante a sociedade no caso das férias judiciais e do recente caso da avaliação de Rui Teixeira (muito grave, Juízes nomeados pelos socialistas congelaram a avaliação de Rui Teixeira por causa do processo Casa Pia), constituindo uma inibição à independência do poder judicial.
O desprezo pelos professores, a sua humilhação publica, enfraqueceu a influência da escola na sociedade, a falta de respeito pelo trabalho, pelos saberes. Foi implantado o facilitismo, a indisciplina com um estatuto do aluno muito permissivo, manobraram-se estatísticas em prol de resultados. Um dos maiores golpes foi a obrigatoriedade das escolas oferecerem 50% de cursos profissionais, muitas sem material ou corpo docente adequado, onde se diz em off que ninguém chumba nestes cursos, contribuindo assim para o milagre estatístico do secundário. Puro eleitoralismo e propaganda que comprometerá o futuro do país.
Da asfixia democrática. O que é isso? Certamente terá a ver com a policia nos sindicatos em vespras de manifestações gigantescas contra o governo, telefonemas a jornalistas para tentar travar reportagens, de uns recados ao empresário Alexandre Relvas para ter cuidado com o que diz uma vez que tem um negócio aberto em Portugal, a conspiração luso-espanhola para o fecho do jornal nacional da TVi, a "bufaria" no aparelho de estado, o medo de falar depois do caso Charrua, emails de jornalistas de um jornal anti-sistema, que aparecem publicados noutro jornal de "favores" ao regime passando por cima da deontologia jornalística. A asfixia pode ser um conceito confuso, mas isto são factos.
Exemplos não faltam do que foram 4 anos deste governo medíocre, atentatório dos direitos, liberdades e garantias. Do que foi uma politica de má despesa, mau investimento, desemprego.