sexta-feira, 25 de abril de 2014

" os que fizeram o 25 de abril governaram-se com ele"

Hoje comemora-se o 25 de Abril.

É um dia especial. Sim, apesar de tudo é.

O país está no entanto partido. Políticos de um lado, acantonados na assembleia da republica, militares e povo no largo do Carmo. A gestão disto foi péssima. A obrigação dos orgãos de soberania era darem o exemplo e arranjarem uma solução de consenso que integrasse os militares e desse um exemplo de unidade e solidariedade ao país, um exemplo às gerações futuras.

Continuamos com a crispação no país, e, nem o governo percebeu que nada disto lhe era favorável.

Sobre a revolução, foi importantíssima. Parte do nosso atraso e atavismo resulta ainda de dezenas de anos de ditadura que marcaram e condicionam ainda muita gente, numa psicologia colectiva reforçada nestes tempos pelas medidas do governo/troika ou pelo medo de perder o emprego.

Não há duvida que os militares foram importantíssimos mas porque raio durou isto 50 anos. Hoje parece claro que não foi um interesse colectivo mas corporativo. Um decreto de Marcelo Caetano, que adivinhava movimentações, deu poderes aos milicianos e enfraqueceu os oficiais de carreira. Foi isto a semente que arregimentou as tropas dos quartéis contra o regime, sendo óbvio que se sabia que existiria um apoio popular pelo descontentamento com a guerra colonial.

Não resisto, mais uma vez a recordar esta pragmática expressão:

" os que fizeram o 25 de abril governaram-se com ele"

Read more...

sexta-feira, 11 de abril de 2014

O welfare state é comparado hoje a um carro com motor gripado, no qual se anda até ele parar.

Welfare State , ou  Estado-providência ou Estado social é um tipo de organização social que coloca o Estado como agente da promoção  social e organizador do mercado. Neste modelo, o Estado regula aspectos sociais, políticos e económicos do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com o país em questão. Cabe ao Estado assegurar o bem-estar social através serviços públicos e proteção à população.

Este é portanto o modelo, pelo menos ideológico, que tem governado Portugal e a Europa asseguir à 2ª guerra. 

Mas este modelo, foi sustentável num determinado enquadramento demográfico, o chamado baby boom, que permitiu a sustentabilidade da segurança social num modelo em pirâmide, hoje insustentável; comparado hoje a um carro com motor gripado, no qual se anda até ele parar. 

Convém por isso mexer na formula do estado social e mantê-lo. Seria de bom tom o estado mostrar a cada contribuinte, quanto teria direito a receber pelos descontos efectuados e respectiva capitalização. Ora isto seria bom para acabar com as reformas douradas sem descontos, e para aqueles que afinal têm lá menos do que julgam. Bem sei que o welfare state pressupõe um principio de solidariedade, no entanto, não peçam a uns que trabalharam uma vida inteira, se empenharam e esforçaram, e depois recebam o mesmo que outros que levaram vida de cigarra - nem no comunismo isto funciona assim, pois é pressuposto trabalho igual.

Aos governos pede-se seriedade, que não andem a descapitalizar os fundos de reformas, desviando contribuições e empregando um dinheiro que não é seu para financiar empresas privadas e pagar dividas. Não é serio, mina a sociedade e a confiança no estado.

Read more...

quinta-feira, 10 de abril de 2014

dialética nacional-global

Aproximam-se as eleições europeias e com estas a dialética nacional-global. O governo vai querer falar do global, da europa. Já a oposição quererá falar do nacional.

Para a coligação, o "que se lixem as eleições", foi abandonado como estratégia e o primeiro passo foi a coligação, uma estratégia conveniente a ambos, que permite escapatórias no day after. Outras oportunidades casuística vão sendo trabalhadas para melhorar a performance eleitoral, como é o caso da discussão do salário mínimo; ou o reiterar concertado de que:  acabaram os cortes no sector publico?

Read more...

  © Blogger templates The Professional Template by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP