Tudo continua em aberto. Mas, a corda está muito esticada. O PAF mantém alguma rigidez negocial. O PS continua numa fantochada negocial à esquerda.
Julgo que a conversa está a ir longe demais. Catarina Martins disse que o PAF acabou hoje: como?... pois é! não esqueçamos, é a extrema esquerda a pôr as unhas de fora. O PCP estranhamente aceita ir para o governo, abdicando da sua ortodoxia_ alguém acredita?
Se Costa insistir numa frente de esquerda perde o centro; numa hipotética coligação de esquerda, será cozinhado em banho maria pelo PCP e bloco, o governo cairá, e em futuras eleições o PS perderá o centro. Sérgio Sousa Pinto bateu a porta com base nesta leitura.
Não podemos esquecer que Portugal está na UE, na NATO e o equilíbrio orçamental depende de estabilidade politica com reflexo nos juros baixos no mercado da divida. A divida tem sido substituída por outra mais barata, e isto é na pratica uma reestruturação que poupa milhões ao pais. Utopias e amanhãs que cantam são bonitos, mas a realidade é esta e não convém brincar, porque em ultima instância, se corre mal, acabamos com mais impostos em cima.
As eleições disseram que Passos Coelho deve ser Primeiro Ministro, e disse que o PS deve sustentar o Governo, fazendo também aprovar parte das suas propostas sociais. Cavaco, julgo que nesta situação, é a solução que fará tudo por viabilizar.
A maioria dos portugueses acha importante a esquerda no parlamento, mas não quer a esquerda do PS a governar - aquela que apoiou Fidel, Coreia do Norte e o Estalinismo.
Se uma frente de esquerda governar o pais, será um saco de gatos governativo que cairá logo depois, porque quando chegarem às reuniões europeias, a realidade será crua e dura, vão ter de pôr a viola no saco e recolher o discurso como aconteceu na Grécia. Após esta novela, já estamos a pagar uma fortuna em juros, aumentos de impostos e virão as eleições. E ai o povo não arriscará e virá uma maioria do PAF. Foi o que aconteceu asseguir ao bloco central.
Por isso Dr Costa: juizinho!
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