terça-feira, 22 de novembro de 2011

Revisão das tabelas salariais da função pública

O governo surrupiou os subsidios aos funcionários do estado. Ninguém acredita que sejam repostos. Mas talvez Helder Rosalinho, quando falou da hipotética revisão das tabelas, estivesse a pensar no futuro lá acomodar, nos 12 salarios, 25% de vencimento perdido; ou parte.

O ministro das finanças tratou de encerrar o assunto, porque pensa sobre a almofada. O orçamento tem de ter almofada, e, em ultima instância, esse valor nunca será recuperado.

Mas o que eu gostava era de ver cortes no que não é essencial. Por exemplo a PSP é essencial, mas a tropa já não. É necessário redefinir um conceito estratégico de defesa. Vendam os F16, os submarinos e preparem a vigilancia da costa, o combate aos fogos e uma força de intervenção rápida contraterrorista. E pronto, é disto que nós precisamos.

O ministro da saúde diz que nas áreas metropolitanas há médicos excedentários. É fazer concursos internos para os colocar onde são precisos, e não como se disse por estes dias, que para os que fossem para o interior ganhariam mais 750 euros. Porque estão os médicos acima de outros funcionários públicos?

A discussão sobre reformas e salários de topo anda muito mitigada. O assunto é simples: ninguém no sector público deve ganhar mais que o Presidente da Republica. Cada cidadão deve ter direito a uma só reforma, cujo valor a pagar pela CGA não deve ir além dos 2500/3000 euros - a partir daqui só com complementos externos. O governo tem de ter coragem para fazer isto.

Onde anda a renegociação das PPPs? são vacas sagradas? estes contratos são ruinosos para o estado. Aliás, se houvesse justiça em Portugal, muito haveria aqui para investigar.

Sobre a administração publica paralela (fundações, institutos...) pouco se houve falar. Se há um trabalho significativo, deveria ser anunciado.

Estão aqui alguns exemplos de por onde ir. Logo é preconceito e insuficiente, passar o tempo a discutir uma saída da crise, quase exclusivamente sobre cortes de salários.

Por último uma nota sobre o contexto europeu. Isto está quase resolvido. Ou seja o ataque à França já começou, e quando ninguém tiver guito para comprar carros alemães, os juros da divida alemã irão disparar. E ai o chanceler de saias já vai querer o BCE com as rotativas a trabalhar.

Eu apelava: compre o que é português, ignore o que é alemão.

1 comentários:

José Novo Silva,  23 de novembro de 2011 às 23:04  

O que o governo quer fazer é dividir os salários atuais por 14 e depois criar um novo imposto sobre eles para os ajudar a ter um crescimento negativo!

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