quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Da greve dos transportes

Estamos em crise. Declaradamente há uns 10 anos. É precisamente o tempo em que a economia anda anémica, o que os nossos governantes taparam recorrendo ao endividamento, perante os esfaimados eleitores que exigiam um nível de vida de acordo com o Norte, mas com produtividade do Sul.

O resultado está à vista. Em 2005, quando Campos e Cunha bateu com a porta, teria sido o timing para arrepiar caminho. Paciência. Mas agora, que sabemos como estamos, perguntem quanto ganha um maquinista da CP e se será compreensivel a greve dos transportes públicos. Tem de haver equilibrio nas tabelas salariais da função publica, e se gestores públicos não devem ganhar mais que o Presidente da Républica, um trabalho especializado de um maquinista, não pode ser superior a um qualificado como um técnico superior. Porque é que isto acontece? está claro que é devido ao poder reivindicativo dos primeiros, dando-se ao luxo de paralisar áreas metropolitanas inteiras.

Um dia destes, num jornal, dizia-se que numa das empresas publicas de transportes, haveria um subsidio de assiduidade, que rondaria os 200 euros, como se não fosse da mais elementar ética, um funcionário cumprir o seu horário.

As empresas de transportes das AMP e AML são enormes sorvedores de dinheiro. Argumenta-se que têm de ser financiadas, porque dão prejuízo e são essenciais. De acordo, mas pergunto: então o resto do pais não terá direito a tranporte publico de qualidade? apenas tem direito a subsidiar Lisboa e Porto?

Não há milagres. Ninguém nega o fundamental que são bons transportes públicos em áreas metropolitanas. Mas vai ter de haver racionalidade e equilibrio.

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