sexta-feira, 31 de maio de 2013

Step by Step, até ao segundo resgate

Tem caido muito mal ao governo português e a Merckel empurrarem as culpas do desaire português a outros.

Vitor Gaspar diz que o memorando foi mal negociado, como se o inicial ainda existisse e não tivesse sido já alterado umas poucas de vezes, falhando sempre as previsões.

 Merckel tem o desplante de dizer que a culpa é de Barroso, quando o comboio "merckozy" abalroou tudo o que apareceu pela frente, num tal diretorio que esfrangalhou a democracia europeia.

De fato, Vitor Gaspar é mau para o cargo. Tem um perfil demasiado financeiro não tendo qualquer sensibilidade macroeconómica, e, o problema está ai. Austeridade sim, mas sem aumento do PIB e mesmo a sua queda, o peso relativo do défice e da divida continuará a aumentar, sendo a nossa situação inviável.

Os dados económicos comprovam-no, no 1º trimestre a economia caiu 3,9% relativamente ao período homologo de 2012. A OCDE divulgou dados arrasando as previsões do governo, estimando um défice este ano de 6,4%.

O governo tem assustado os portugueses nestes dois anos, pensando assim ganhar uma folga psicológica para manobrar sem contestação, porém, assustou da pior maneira. Acabou com a confiança na economia e isso tem contribuído para a queda do PIB, do consumo e aumentou o desemprego.

Desde o inicio, toda a gente disse, que nos planos do governo faltava a componente económica. Mas a resposta de São Bento sempre foi: " o governo não cria empregos". O estado não se pode retirar da economia de um dia para o outro e achar que os privados numa semana se substituem ao estado, ainda por cima num país, em que temos uma iniciativa privada mas à sombra do estado com rendas e lucros garantidos.

A chave está na modernização e moralização do estado, no crescimento da economia e não em cortes cegos que acompanham a queda das receitas fiscais.

O que eu gostava de ver era uma verdadeira politica de crescimento económico, de diplomacia económica, de desburocratização na criação de empresas, acompanhada de descida dos preços da energia, funcionamento da justiça e estabilidade fiscal.


PS: Uma palavra de reconhecimento ao ministro da saúde, que é o único que revela competência.

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