A lição do bastonário dos advogados
Como noticiado, o bastonário dos advogados esteve ontem na Póvoa. Começou com uma introdução de conceitos como ética e lei, e rapidamente passou aos casos obtusos da nação. Aqueles que já conhecemos, e no mínimo achamos estranho como apareceram e o rumo que tomaram.
Ainda por estes dias, o Dr. Laborinho Lúcio uma das pessoas mais inteligentes e impolutas que conheço, afirmou que no mínimo alguém deveria explicar porque ficou o processo Freeport encerrado quatro anos numa gaveta. Por isso, a Marinho e Pinto não faltam causas com apoio na sociedade.
No entanto, olhando para mais de uma hora de argumentação, sobressaiu a ideia de que o problema está todo nos juízes. Por mim, não sei! mas ficou-me a impressão de que um discurso demasiadamente inflamado e desprestigiante aos juízes, com alguns laivos de populismo, pode não ser um bom caminho e porventura contribuir ainda mais para os desprestigio da justiça na sociedade, como se tem feito com muitas outras classes, até vindo de dentro do próprio estado.
Justiça seja feita que o senhor também "deu na cabeça" dos advogados que auxiliam a infringir a lei, tal como na vergonha que são os deputados-advogados que legislam de manhã para os clientes que servem à tarde. Inacreditável...
A certa altura questionaram o Bastonário, se iria advogar quando terminasse o mandato. Respondeu com muito pragmatismo, que nunca mais seria advogado de barra, pois os seus clientes seriam prejudicados. O senhor reconheceu ainda que fala por vezes demais, mas que é o seu feitio, e muitas vezes o que o põe em relevo é o silencio de outros.
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