quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Notas Da Semana

Para variar uma boa noticia. O Porto de Leixões aumentou o transito de contentores para exportação em mais de 20%, quase tudo para fora da europa. São boas noticias, porque a recuperação do país depende em grande parte das exportações para mercados emergentes, que crescem a mais de 5% ao ano (Angola a 12%)

O défice de 2011 andará pelos 4%. Mesmo com os fundos de pensões da banca (3%) é boa noticia. Depois de um 1º semestre desastroso as coisas encarrilharam, mesmo que à custa de muita austeridade. Estamos sem saída: com um tesouro remendado e uma economia anémica, teremos o estado que puder ser - mínimo.

No euro as coisas continuam cinzentas. Os ingleses acham que estando fora do euro se safam. Ninguém está a salvo. Mais umas descidas de rating da França, Inglaterra (que foi avisada hoje) e Alemanha (tem divida elevada e uma economia em queda), e acabam-se os umbiguismos com uma solução final.

O assunto da migração está na moda. Portugal sempre foi um pais de migrantes. A ditadura e guerra colonial motivaram as migrações da déc de 60. A crise de final da déc. de 70 e déc. de 80, mantiveram algum impeto migratório. Os fundos estruturais e o expansionismo guterrista deram-nos um saldo migratório positivo. Portanto somos um pais habituado ao fenómeno. Com mais ou menos habilidade PPCoelho diz o obvio: cá não há trabalho, mas lá fora encontra-se, por isso...
Na pratica, um português emigrante poupa os subsidios sociais e aumenta as remessas de divisas, o que é um bom negócio para o país. Toda a gente sabe isto, mas sindicatos e oposição andam na "mama politica" - não sei se os contribuintes ainda acreditam em estórinhas. Há uma coisa que todos sabemos: é que as dividas cavadas por Sócrates vão ter de ser pagas, mesmo que o próprio e Pedro Santos digam que a divida externa é conta corrente nunca saldada.

Por cá, aprovou-se o orçamento da câmara com toda a oposição contra. O CDS diz que não eram aquelas as suas opções. O PCP e o Bloco votam como sempre votaram e votarão. O PS porque acha, como sempre achou, o que nos levou à desgraça nacional, que o orçamento tem de ser expansivo. Acontece que com uma queda de 20% das receitas o orçamento não pode ser expansivo, se não cava o endividamento, que é o que depois criticam. É caso para dizer: entendam-se!

Ainda assim o executivo camarário, consegue um saldo corrente de 5M, em que metade servirá para abater à divida e o restante para investimento.

Quero ainda sublinhar o aparecimento de mais uma associação privada de solidariedade social, apoiada por voluntariado e pelo municipio, que tanta falta faz. A economia social está em crise e pré-ruptura, tendo o governo disponibilizado uns milhões para apoio. Por cá, apesar da redução de subsidios para 2012, tenho a certeza, que nas situações de carência social a câmara não deixará de apoiar. Nas passeatas e jantaradas já expressou que acabaram os apoios; as juntas se os fizerem, é dentro da sua autonomia orçamental.

Carpe Diem

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