QUERIDO MÊS DE AGOSTO
O fait-divers da saison “Pais Jorge Case “ dá as ultimas
vendas de papel numa agonia, uma ultima convulsão antes da morte. Como em todo
o folhetim publico, na praça há sempre os prós e os contras: uns mais à
esquerda “ guilhotine-se o bandido da banca que nos andou a tentar impingir
escoria financeira para camuflar o défice”, outros mais à direita onde colhe a narrativa ( termo en vogue na pré saison) de o que é bom na defesa do estado são uns
peões, mestres do santo oficio financeiro, quaisquer que seja o patrão.
Constata-se, que desde a
invenção do crédito os países ficaram na mão dos banqueiros e hoje dos
financeiros. Curiosamente, relendo o Eça no sossego do calor, relembro as
passagens romanceadas, em que referindo-se à choldra (Portugal), onde um
ministro do rei apenas cobrava impostos e emitia divida, para alimentar uma
elite Lisboeta rodeada de umas províncias de rotos e piolhosos; curiosamente já
no século XIX se falava à boca cheia da bancarrota que veio a acontecer.
Na politica nacional, o CDS, aparece em mais uma tropelia
caseira sem estória, por o golpe ser costumeiro. A agremiação de Portas, mandou
os jornais escrever que quer acabar com a desvergonha de um magistrado do
Tribunal Constitucional se reformar com 10 anos de serviço, como aconteceu com
Assunção Esteves que aos 40 anos já estava aposentada com 7000 euros . Ora
desta iniquidade ninguém discorda, os juízes são nomeados para uma missão pública,
tem outra profissão e é nessa que se devem reformar, e deveriam agradecer a
nomeação pelo currículo. Mas, a tática política do CDS, foi precisamente num
momento em que o PSD não pode estrebuchar por irem para o tribunal
constitucional matérias como as 40 horas ou a mobilidade, o CDS joga-lhe um
golpe eleitoralista ao centro, enquanto o PSD/governo obriga-se ao silêncio.
De Lomba a lambadas lá foram os briefings. Constata-se que
de fato, um folhetinista corre o risco de ir para ao governo. Mas nestas
condições poderá ocorrer o pior. E de
fato, depois do que foi o massacre em direto de Pais Jorge, se a perdiz já
estava ferida, acabou por cair mais à frente. As velhas máximas continuam
atuais, “quanto menos falares melhor”. Mandem o Lomba tirar um estágio com
Cavaco, um tendeiro com 30 anos de tenda.
A dar tinta a lei de limitação de mandatos, cujos partidos deixaram
uma janelinha de ambiguidade, que faz dos tribunais gato-sapato – cada qual sua
sentença. Como disse o Cavaco, as leis não prestam, umas por conveniência
outras pela qualidade do escriba. A confusão está armada.
Depois da intempérie, o governa espera uma bonança que ajude
as lides eleitorais, e, apesar do pedido aos céus, ir dos queixos, sempre caiu uma
recuperação inesperada de 1,1% do 2º trimestre para vociferar no Pontal;
apague-se o crescimento homolego de – 2% que ainda aconselha prudência e caldos
de galinha. Por falar em Pontal, Passos lembrou que as incertezas podem
estragar tudo, como quem diz: o tribunal
constitucional.
Por cá na política caseira, apresentam-se candidatos sob a
sombra dos Juízos e prepara-se a campanha.
ps: gostei de ver o PS e o CDS em bom tango, à porta do Juízo Poveiro; ainda vemos por cá uma lista do queijo !
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