sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Cidadão Da Polis, Substituiu O Politiqueiro Pelo Interesse Partidário

No dia 10 de Setembro houve a última Assembleia Municipal, em sessão extraordinária, em que foi aprovado o Plano de Pormenor para a zona E54 onde estão instalados actualmente os equipamentos desportivos de Varzim e CDP. Como se sabe é um projecto de excelência para a cidade e que a todos honra, sendo à primeira vista impensável que qualquer deputado municipal não votasse favoravelmente, ou no mínimo se abstivesse. Esta é a consideração que faria qualquer cidadão, com base no bom senso comum. Fui à apresentação do projecto e já lhe fiz criticas aqui , mas é indiscutivelmente uma oportunidade de valorizar a cidade e melhorar equipamentos.

Ora o que aconteceu na assembleia, é que votaram contra o CDS, a CDU e de três elementos do PS (o líder partidário e cabeça de lista à Câmara Municipal, Renato Matos, Ilídio Pereira e Manuel Figueiredo), e a favor quatro socialistas (José Milhazes, Edgar Torrão, Carlos Frasco e João Viana), mais o independente Rui Coelho e toda a bancada do PSD. Filipe Teixeira, do PS, optou pela abstenção.

Dois deputados do PS, que ainda por cima fazem parte dos orgãos sociais d´uma dessas associações, votaram contra o projecto, logo, contra os interesses da associação que representam.
Assistimos então à divisão na bancada do PS, pois quatro deputados desse partido não foram em cantigas e votaram em primeiro lugar de acordo com a sua condição de cidadãos poveiros pelo desenvolvimento local, isto é, votaram favoravelmente, expugnados de jogos políticos. Muitos parabéns, dignificaram a politica num acto de cidadania. O cidadão pela polis substituiu o politiqueiro pelo interesse partidário.

São os sinais da desagregação do PS, da falta de consistencia doutrinária (o PS Póvoa é um arrepanhado de derivas) e programática, da falta de um espírito de cooperação e união - patente até nos jornais - sem os quais, não tem condições para o governo do bem publico, sendo por isso uma catástrofe entregar ao PS o governo do município, em paralelo com o que acontece no país.

Por fim, chamo a atenção para a ratoeira retórica em que o Dr Renato cai. Como já é apanágio no PS, quando há contras de dentro justifica-se com a pluralidade, porém, a pluralidade foi paga com uma corrida das listas como o próprio Dr Renato Matos explicou à assembleia.

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