quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dos contratos de associação

Em primeiro lugar, julgo que é preciso clarificar do que se trata. Os contratos de associação surgiram da necessidade dos privados suprirem uma necessidade onde não havia oferta publica, sendo para isso bem pagos.

Diminuindo o número de alunos e alargando-se a rede escolar, não se compreendia como é que os contratos de associação floresciam como cogumelos, enquanto a rede publica ficava às moscas com custos de manutenção e pessoal.

Sairam os dados do estudo sobre as necessidades do sistema. A saber, 73% dos casos analisados são redundantes, ou seja, há oferta publica. No entanto apenas deixarão de ser financiadas 57%, já que nos restantes foram consideradas condições logísticas insuficientes.

O governo deixará todos os alunos concluírem o ciclo de estudos, o que é razoável. Fora das necessidades do sistema não financiará turmas em estabelecimentos privados.

 Note-se que esses estabelecimentos privados, podem sempre abrir a oferta que entenderem, mas não com as rendas garantidas do estado. Se acham que têm um projeto educativo excelente, pois com certeza não faltarão clientes, não podem é contar com o meu dinheiro para os sustentar.

Eu também quero ter a liberdade de decidir se dou dinheiro aos privados ou se vou para o publico. E se os meus filhos andam na rede publica, sinto-me ultrajado a ter de pagar para outros andarem no privado, que como muitos dizem, é melhor. Ora se o privado está melhor, desafetem-se os 300 milhões que para lá iam, para melhorar então a rede publica.

Olhem, aqui na Póvoa uns 5 milhões faziam muita falta na escola de Aver o Mar e na Flavio Gonçalves.

Quando se diz que o estado tem défices porque está capturado por interesses, ora aqui está um bem identificado. Mercado livre sim. Mercado de rendas garantidas à custa do estado não. Eu como contribuinte pago os serviços públicos prestados pelo estado, como está na constituição. Fico no entanto revoltado quando tenho que andar a pagar as rendas dos privados, numa espécie de mercado protegido para meia dúzia.

Ah, já agora. Não me venham com o papão do desemprego no setor. O estado não serve para dar empregos ou viabilizar empresas privados, mas sim para prestar bons serviços públicos e regular o mercado. Nos últimos anos a rede publica perdeu uns 50 000 professores e fechou centenas de escolas.

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terça-feira, 17 de maio de 2016

Do Marcelo

Como se sabe, o Marcelo não fazia o meu tipo de candidato.

Quando chegou a hora da verdade, votei nele, com ceticismo...

Não estou arrependido.

O alegado homem frenético, tem tido contenção e parece encarnar um modelo a que não estamos habituados, mas que não desgosto, dentro de certos limites.

A única excepção para já, e pode ter constituído também uma lição para o Professor, foram as palmas antes de tempo ao entendimento entre o BPI e Isabel dos Santos. Fui a favor da postura do Presidente neste caso. O capital é dos acionistas, mas a regulação é publica, sendo que o Presidente, como um "arbitro " pode e deve ter opinião, sobre o que deve ser o melhor para o país, sendo que não é com certeza um monopólio de bancos espanhóis.

Outro assunto onde tenho gostado de Marcelo é na área da lusofonia. A CPLP está morta, e o seu dinamizador deveria ser Portugal - a ver vamos se é desta. As excolonias constituem oportunidades e têm problemas que necessitam de resolução. Há portanto aqui também um espaço para o Presidente, e é ao mesmo tempo uma oportunidade para Portugal. Como nos retiramos desta área da diplomacia, outros players apareceram - não nos podemos queixar. É a vida !

De resto, gosto do dinamismo que tem tido na sociedade civil. É curioso o perfil de Marcelo. Sendo um personagem muito ativo na sociedade, dando relevo a muita coisa, não se lhe reconhece intromissão na área executiva do Governo. Isso resulta certamente da grande cultura politica, jurídica e da personalidade que é.

Para já, acho que um 16 vale bem !

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sábado, 7 de maio de 2016

Faz tempo

que não escrevo nada.
São fases.
Esta coisa da escrita vive um pouco de impulsos, motivações...
Fiquei surpreso pelo número de visitas diárias que o sitio continua a ter.
Tirando a espuma dos dias, deixo alguns registos obrigatórios.
Elisabete Moreira de Argivai, integra a atual comissão politica do PSD.
As contas da Câmara de 2015 mostram uma gestão impecável de Aires Pereira.
São tão impecáveis que o Ivo Maio assumiu que está fora de questão a Câmara mudar de côr.
Por fim para bom entendedor: eu gosto muito do setor privado de verdade, quando se tem capital e se arrisca numa inovação, quando se acrescenta algo novo à sociedade - não ao privado que vive na mama do estado!

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