quinta-feira, 24 de setembro de 2009

À segunda só cai quem quer.


No dia 27 Setembro, perante a urna, não devemos esquecer o essencial: o que foram estes quatro anos de governação? é isso que está a ser julgado.

Haja memoria.
Os indicadores em Portugal nunca foram tão maus e nem todos são culpa da crise, até porque antes da crise os resultados já não eram bons. As opções estratégicas foram erradas: quem não se lembra da frase de Sócrates: “ para Espanha e em força, quando o nosso vizinho é dos mais atingidos pela crise e não puxa pela nossa economia”. Em 16 anos de governos, o PSD tem responsabilidade de dois. Na déc de 90, Guterres e o despesismo com a economia a crescer, num governo já com Sócrates, enterraram as finanças publicas. Perguntem a Silva Lopes ou Medina Carreira.
Sócrates e o PS escolheram os bancos, os monopólios, as obras faraónicas que nos endividam e não geram riqueza. O OTA defendida incompreensivelmente: Porquê? Mais uma auto-estrada no litoral: a quem interessa ou serve? O governo disponibilizou 20 000 000 000 euros aos bancos; e às PMEs? Destas últimas lembrou-se há quatro semanas. As ideias deste governo custam-nos muito caro, não criam riqueza nem emprego, hipotecam-nos o futuro. É preciso não esquecer que as grandes obras publicas de Sócrates são ganhas pelas empresas Espanholas fortemente financiadas pelo governo Espanhol.
Há coisas dificeis de compreender: o terminal de contentores em Alcântara, concessionado à Mota-Engil (administrada pelo ex-ministro socialista Jorge Coelho) sem concurso publico por 50 anos. Helicópteros vendidos ao INEM por concursos publico, mas antes do resultado uma empresa já os tinha pintados para entrega? O INEM queixou-se durante meses da falta de viaturas, hipoteticamente gente sofreu ou morreu por falta de socorro, mas a TVi descobriu dezenas delas escondidas, mudadas de sitio várias vezes, mas, continuaram guardadas à espera de um golpe eleitoral para serem entregues.
Este governo não tem consciência social. Deu-se ao desplante de aumentar os impostos aos reformados, mesmo nas pensões relativamente baixas, cortou subsídios de desemprego a trabalhadores, mas o mais grave é o esbanjamento do rendimento mínimo, onde não há controle e muitos do que o recebem estão na economia paralela. Mas não ficou por aqui, acabou com os professores do ensino especial nas escolas, aumentou a carga fiscal dos deficientes. Este governo não é socialista. Para este governo as pessoas são números, e todos tratados da mesma maneira, como na Rússia, na China, na Korea do Norte, na Venezuela, onde a pessoa humana pouco conta é apenas um individuo. Mais um exemplo disso foi o encerramento de serviços de saúde sem prévia criação de alternativas.
O maior escândalo é o que se passa na educação e apenas refiro isto: nos testes comparativos internacionais de PISA entre alunos de vários países, os resultados de Portugal continuam maus. Os alunos não sabem mais. Não se iludam, tudo propaganda e show, até uns tais estudos da OCDE que afinal que não eram da OCDE, mas uma espécie de encomenda desmascarada.
O Magalhães foi um golpe populista à Valentim Loureiro, não passou de uma distribuição de electrodomésticos, que como sempre não está pago, o ministro Lino criou uma estranha fundação onde umas empresas e o governo colocariam dinheiro sem controle do tribunal de contas para o financiamento – um esquema mal explicado, como também muito mal explicado a ausência de concurso publico para a fabricação do dito Magalhães.
O ministério da agricultura não existe. Perderam-se 40 000 000 euros sem um único projecto aprovado, uma vergonha, uma desconsideração pelo mundo rural, por milhares de famílias que vivem da lavoura. A única celeridade do ministro foi mandar para a mobilidade especial centenas de funcionários.
Este governo autoritário instalou a maior crispação social já vista em Portugal, desprezando as classes profissionais, os trabalhadores, criando maus sentimentos entre concidadãos. Colocou em risco a autoridade do estado desafiando o P.Republica sistematicamente, desautorizando os magistrados perante a sociedade no caso das férias judiciais e do recente caso da avaliação de Rui Teixeira (muito grave, Juízes nomeados pelos socialistas congelaram a avaliação de Rui Teixeira por causa do processo Casa Pia), constituindo uma inibição à independência do poder judicial.
O desprezo pelos professores, a sua humilhação publica, enfraqueceu a influência da escola na sociedade, a falta de respeito pelo trabalho, pelos saberes. Foi implantado o facilitismo, a indisciplina com um estatuto do aluno muito permissivo, manobraram-se estatísticas em prol de resultados. Um dos maiores golpes foi a obrigatoriedade das escolas oferecerem 50% de cursos profissionais, muitas sem material ou corpo docente adequado, onde se diz em off que ninguém chumba nestes cursos, contribuindo assim para o milagre estatístico do secundário. Puro eleitoralismo e propaganda que comprometerá o futuro do país.
Da asfixia democrática. O que é isso? Certamente terá a ver com a policia nos sindicatos em vespras de manifestações gigantescas contra o governo, telefonemas a jornalistas para tentar travar reportagens, de uns recados ao empresário Alexandre Relvas para ter cuidado com o que diz uma vez que tem um negócio aberto em Portugal, a conspiração luso-espanhola para o fecho do jornal nacional da TVi, a "bufaria" no aparelho de estado, o medo de falar depois do caso Charrua, emails de jornalistas de um jornal anti-sistema, que aparecem publicados noutro jornal de "favores" ao regime passando por cima da deontologia jornalística. A asfixia pode ser um conceito confuso, mas isto são factos.
Exemplos não faltam do que foram 4 anos deste governo medíocre, atentatório dos direitos, liberdades e garantias. Do que foi uma politica de má despesa, mau investimento, desemprego.

Os portugueses não se podem alhear da realidade perante 15 dias de campanha socialista de promessas, grandes festanças, ilusões, fumo. 15 dias em que Sócrates passa uma esponja no desgoverno de quatro anos e volta a prometer que agora é que vale, agora é que vai ser.

3 comentários:

Pedro Costa,  24 de setembro de 2009 às 14:51  

Eu quero cair á segunda e a terceira! Estou confiante também numa vitória com maioria absoluta do PS, caso não ganhe com maioria absoluta, que governe em coligação com o PCP, nunca com os radicais e deficientes mentais do BE. O PSD não tem propostas não tem nada personifica em ultima analise o povinho Português, sempre a fazer queixinhas, sempre no bota-abaixismo, sempre a puxar o país para trás. Ignorantes. Basta ir para o interior, para o chamado Portugal profundo para ver quem é que ganha aí as eleições, "ai se os comunistas ganham..." dizem eles..!

Editor 24 de setembro de 2009 às 16:17  

Pelo tipo de linguagem, tenho muita honra em receber um dos elementos da agencia de propaganda socialista neste modesto blog. Apareça, ainda não adoptei a politica do JN Ou DN.

Anónimo,  24 de setembro de 2009 às 19:47  

"Eu quero cair á segunda e a terceira!"
Há gente que gosta de andar aos tombos... Eu não!

Não metido a 'modernaço'

Carlos, Porto

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