E O PAÍS DECIDIU MUDAR
O grande ganhador foi o PSD. Superou todas as expectativas e proximou-se dos 40%. O CDS manteve o resultado, até subiu umas décimas, mas, dado o elevar das expectativas, há a sensação de que perde qualquer coisa.
Nos grandes perdedores, sobressai o bloco, cai para metade, comprovando que não chega ser um partido de protesto, é necessário apresentar propostas reais. Como é óbvio outro grande perdedor é o PS, e a derrota é humilhante, quebrando o suporte dos 30%, indo para os 28%, algo que nunca tinha acontecido em Portugal, num 1º ministro recandidato.
A velha esquerda "ganha sempre" e Jerónimo reiterou. Mantém o velho núcleo quase a chegar aos 8%. A ameaça será a idade dos militantes.
No day after, a constituição de um governo rapidamente, cumprir o acordo com os credores o melhor possível e tentar renegociar melhores condições daqui a um ano. A nós portugueses, resta-nos ir andando coma a cabeça entre as orelhas, com fé em Nossa Senhora, a ver ser isto se levanta da miséria em que os socialista nos deixaram.
No PS, começará a travessia do deserto, normal em todos os partidos que tiveram lideranças musculadas. Restará saber se o PS vai seguir aquela ideia de António Costa em que " não basta ter uma maioria nas urnas, é necessário ter uma maioria social", e pegando nisto, liderar uma coligação de esquerda reaccionária, lançando o país num caus, tal como na Grécia, esquecendo-se do que pregou sobre diálogo e democracia. Ficaremos a saber se a democracia socialista é apenas quando está no poder. OU, será o PS, capaz das mesma atitudes do PSD enquanto oposição, viabilizando a minoria do PS?
Neste caso, um PS responsável assinará um pacto de regime para realizar as reformas necessárias, e, a revisão da constituição para aplicação do acordo internacional. Vamos ver qual dos caminhos escolhe: se o do bloco de esquerda, da reacção, ou, o da responsabilidade institucional.
0 comentários:
Enviar um comentário