sexta-feira, 17 de junho de 2011

DIREITO DE RESPOSTA

Foi enviado para aqui um comentário, referente a este post, que ficou retido pelo moderador por vários motivos:

- As suas considerações dizem mais respeito à forma e pouco ao conteúdo, ou seja, o autor revela alguma sobranceria e autoritarismo, claros na forma como recomenda a redacção e feitura de opinião, como se neste país não existisse liberdade para criticar as tomadas de posição ou opiniões de partidos ou responsáveis públicos e até para fazer interpretações das suas opiniões: era o que mais faltava.

- O comentário atribui opinião a pessoas que podem não ter sido por ela responsáveis (foram limpos)

- O comentário é feito num tom de aviso, inaceitável e de resto improcedente.

- O referido comentário não foi imediatamente publicado, pois ficou retido para ponderação, até porque não há forma de verificar se quem o assina é o verdadeiro autor, de resto, se se verificar que é essa a situação, será de imediato apagado, e aqui feita a retratação.

- O texto em questão não é um simples comentário, tem objectivos de veicular ideias e posições de um partido, que está totalmente desalinhado com este sitio, e nós por aqui achamos que quem quiser publicidade, tem que a pagar ou trabalhar para isso. Por isso, não se considere que esta publicação é ingénua, mas antes de mais, inserida num democrático direito de resposta, que nunca aqui se negou.

Como se entendeu que apesar de tudo, poderia haver um certo interesse público na publicação, ela ai está:

“Não faz parte das minhas (pessoais) e nossas (PS Argivai) intenções, discutir a vida política da nossa terra num blogue. Também não quero dar mais importância ao sítio do que aquele que realmente tem, mas é por demais ofensivo para a terra e para as pessoas que a governam (executivo e deputados da assembleia) aquilo que por aqui é dito e afirmado como se fosse verdade absoluta. Num espaço de opinião, que o Sr. afirma ser este, é usual começarem-se as afirmações com “em minha opinião…” ou “penso que…” ou “acho que…”. No entanto sempre que aqui é explanado algum assunto o tipo de frase usada é no imperativo. Por exemplo: “Se Argivai não tem para já um pólo de biblioteca isso deve-se ao PS, que chumbou a proposta na Assembleia de Freguesia”. Dar apenas a informação que se quer ao público, não é informar, é influenciar. Afirmar que o pólo não existe porque o PS não quer é apenas uma forma de enganar a opinião pública. Nunca foi dito o verdadeiro motivo do chumbo, tão pouco a alternativa apresentada pelo PS. Informar as pessoas de todos os factos é a atitude correcta, mas isso não tem interesse para o Sr. O PS de Argivai votou contra a proposta do executivo relativamente à construção de um novo edifício em Argivai primeiro porque não existe um Plano de Actividades para 2011 aprovado. Nem houve empenho por parte do executivo em conseguir essa aprovação. Apresentaram duas vezes seguidas o mesmo plano, tão pouco procuraram o diálogo. Segundo, pelo simples facto de não considerarmos importante para a freguesia a construção de mais um edifício, com custos, se não a curto prazo (construção), seguramente terá a longo prazo (preservação). A justificação de se querer criar um pólo de leitura foi pobre e facilmente argumentada. Se querem tanto facilitar um espaço para os populares poderem ler, que rentabilizem o espaço que ainda não foram capazes de finalizar. O PS de Argivai sugeriu que esse mesmo pólo fosse criado nas já existentes instalações junto ao campo de futebol. A resposta que obtivemos foi que aquele edifício não foi uma construção feliz. Construção patrocinada por um executivo PSD que tem um elemento ainda em funções. O que o PS não quer é um monte de edifícios a que não é dada a devida utilidade. Sugerimos na altura que, já que existe tanta disponibilidade da parte do executivo camarário em investir em Argivai, que os esforços fossem canalizados no restauro da residência paroquial que é nossa e está, pelo menos quanto ao seu aspecto exterior, em situação bastante degradada. Sugerimos também investimento na recuperação do largo do Igreja ou da Capela. A tudo isto recebemos um NÃO, mas o PS é que não quer o bem de Argivai. Em momento algum senti da parte dos populares presentes nas Assembleias de Freguesia discórdia quanto à nossa posição, porque receberam toda a informação e assim perceberam a nossa atitude. Agora se se ocultar factos, aí estamos a manipular a opinião. Por isso o Sr. responsável pela moderação do blogue já que tem tanto orgulho no seu espaço (blogue) e já que quer ter uma participação activa na distribuição de informação às pessoas de Argivai, faça um favor a essa mesma população, a si mesmo e principalmente aos visados pelos seus comentários e, ou assume que se trata de apenas e tão só da sua opinião, ou, se está a retratar factos, apresente-os todos e deixe as pessoas fazerem o seu julgamento. Carlos Fernandes Deputado da Assembleia de Argivai”

Claro está, que por aqui o que não falta são aprendizes de feiticeiro, achistas, opinadores, críticos e por isso não nos leve a mal uma resposta.

E, como é nosso apanágio, da opinião e da critica, nasce a razão. E, no final, se houver quem pague um copo, seja ele de direita ou de esquerda, nós vamos todos.

Mas vamos ao que interessa. O “conselho de achistas supremo” classificou o comentário, para não ir mais longe, uma espécie de brainstorming mal orientada. Vamos por partes.

O sr não gosta de discutir politica em blogues, nem dá especial importância a este (nós também não) mas vem cá várias vezes, como demonstram os registos de IPs.

O sr acha que o blogue é ofensivo a pessoas. Aqui nunca se discutiram pessoas, apenas politicas, posições e opiniões. E cada um tem direito às suas. Considera que as opiniões aqui veiculadas são ofensivas à Junta? O sr parece andar desatento, porque como está claro para todos as opiniões aqui expressas apoiam as opções da Junta. Já agora, só um reparo: quem governa é a Junta, a assembleia delibera, sendo que não é vinculativo em todas as matérias.

Como é obvio, um blogue é um espaço de domínio privado, onde manifestamente domina a opinião livre e democrática, isso é intrínseco e do senso comum. Só um esclarecimento: se utiliza o pronome “se” isso é condicional e não imperativo. Mas peguemos no condicional: se o PS tivesse aprovado o Polo de Biblioteca em Assembleia de Freguesia – que chumbou – esse seria construído. Ora aqui não se engana ninguém, como está nas actas, o PS chumbou a construção deste equipamento.

Se o sr e o PS querem fazer veicular as vossas propostas terão que trabalhar para isso, e não andar a contragosto em blogues, esses sítios mal frequentados. No entanto, se a vossa proposta é colocar uma biblioteca num campo de futebol (sitio ermo e sem segurança para o efeito, barulhento, afastado do centro, que necessitaria de dispendiosas obras de adaptação num espaço novo acabado de construir para outro tipo de função) isso demonstra o que são as propostas socialistas para esta freguesia, e como diz o senhor, os eleitores ajuizarão.

O senhor parece tentar fazer aqui, aquilo pelo qual se diz agastado, que são meias informações e verdades parciais. Não se trata de construir um novo edifício, mas sim, adaptar o edifício da Junta, na sua parte de trás, amplo e com potencialidade, num pólo de biblioteca no centro da aldeia para todos os argivaenses, aliás como o senhor bem sabe, porque viu o projecto. Mas diga-me? deixaria o sr um filho seu, menor, de tarde no Inverno, ir a caminho do campo de futebol de Argivai levantar um livro?

Por outro lado, como o sr sabe porque lhe foi comunicado, mas não lhe dá jeito veicular, neste caso, não necessita do orçamento de 2011, porque esta pequena obra tem financiamento externo. É necessária apenas autorização da Assembleia pelo facto de isto mexer com o património.

O que nos faz mais espécie, é que o senhor vem aqui desfavorecer um edifício proposto pela UDCA com o esforço de muitos socialistas, que como deveria saber muito se empenharam e bem, para que ele fosse construído e concerteza trará muitas alegrias à colectividade. Nós por aqui também apoiamos, até pelo serviço público que presta.

Quanto às opções de investimento que propõe, o senhor deveria saber que isso não é viável. Não pode misturar investimentos pela sua natureza. Se a obra é para a cultura, o pelouro que a financia não pode desviar fundos para outros fins. Neste caso, ou se faz ou perde-se, e o PS terá de carregar essa responsabilidade. De boas intenções está o inferno cheio.

Por último, mas não menos importante, isto aqui não é um espaço de informação é um blogue. Informamos sobre o que nos apetecer, opinamos, criticamos, mas há limites: sempre assente nas ideias, opções, politicas… nunca no indivíduo e sua integridade. Sabemos separar isso. Se reparar, sempre tentámos não fulanizar questões e falar em abstracto.

Por último, uma correcção: as assembleias de freguesias não têm deputados, têm elementos.

Quem não aceita ser criticado, está de mal com a democracia e não deve estar na política.

NOTA FINAL: Se existiu aqui uma usurpação de identidade e o direito de resposta não é da pessoa que o assina, após reclamação por email ou em comentário, este será apagado e será apresentado um pedido de desculpas.
Cumprimentos

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