quinta-feira, 9 de junho de 2011

CONSIDERAÇÕES SOBRE UM FUTURO POLO DE BIBLIOTECA EM ARGIVAI

Na década de 70, tanto eu quanto muitos jovens frequentamos as bibliotecas Gulbenkian. Eram espaços financiados pela fundação que estavam espalhados pelo país e no âmbito de um mecenato cumpriam uma importante função cultural e educativa. Naquele tempo, não existia uma rede de bibliotecas municipais, só mais tarde ainda implementada por Santana Lopes enquanto Secretário de Estado da Cultura. Estas bibliotecas apenas estavam abertas ao fim da tarde por 2 ou 3 horas, mas era quanto bastava, para que todos os interessados lá se deslocassem para requisitar livros. Foi bastante importante para muitos de nós.

Seria bom a médio prazo, que Argivai tivesse um equipamento deste tipo, uma vez que não tem nenhum espaço com esta oferta. Não se trata de considerar se a construção é ou não uma questão de rentabilidade, como muitos questionam. Um polo cultural não tem objectivos de rentabilidade económica, é antes um factor de desenvolvimento social, fundamental na formação e educação do individuo.

Mas a proposta da Junta, chumbada em Assembleia de Freguesia por PS e UEA, é uma proposta de grande racionalidade, até económica. Permite o aproveitamento de um espaço que já existe e com um orçamento muito baixo, consegue um equipamento moderno (está feito o projecto). Funcionaria como polo da Biblioteca Rocha Peixoto, tendo por isso conteúdos assegurados e sempre renovados. O espaço, amplo, permitiria a feitura de exposições, palestras, eventos da freguesia, em suma, apoio à vida social local. Seria portanto um espaço multi-usos com grande aproveitamento e não tenho qualquer duvida, com grande adesão por parte de toda a população.

Muitos de nós contribuiriam decerto, com dádivas e documentos para o recheio deste espaço e até para um arquivo de memória local.

2 comentários:

Francisco Moreira,  11 de junho de 2011 às 13:52  

Viva,

O objectivo da minha intervenção é de forma construtiva ajudar na implementação de mais valias na freguesia. É necessário alertar que a gestão do património publico deve ser feita de forma cuidada, para quem tem responsabilidades não ser acusado de dolo ou negligência!

Será que poderia mencionar aqui publicamente o valor previsto para execução deste empreendimento? Dizer por si só que o orçamento é muito baixo é tendencioso e não revelador da realidade.
Todos devem ter acesso à cultura, mas a forma como o é dado deve ser o mais abrangente possível! Volto a reiterar, em termos práticos como irá funcionar a biblioteca?
O horário de expediente da junta serve de mau exemplo, por isso acho justo, em fase de planeamento isso ser considerado!

P.S.:Desculpe o reparo mas o correcto é Rocha Peixoto e não Roxa Peixoto como está mencionado do seu artigo.

Cumpts,
Francisco Moreira

Editor 11 de junho de 2011 às 15:45  

Neste espaço escrevem várias pessoas, motivo pelo qual os posts aparecem apenas como sendo de um editor. Quanto a decisões e orçamentos isso é tudo prematuro, até porque daqui ninguém decide nada, apenas 1 ou 2 de nós têm alguma capacidade de pressão. Especulando um pouco, como se sabe a junta está sem orçamento e mesmo que o tivesse, não seria suficiente para se balançar num projecto destes. Haveria era a hipótese, suponho, de virem algumas verbas do pelouro da cultura da CMPV, que vindas dai não se poderiam destinar a outras actividades, como diz por ignorância a oposição em Argivai. Sem isto passar na Assembleia nem vale apena colocar o carro à frente dos bois. Uma coisa é certa, se o processo parou, foi por culpa de PS e UEA. Depois não têm autoridade para dizer que a freguesia não evolui.

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