quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Implosão Rosa

Como aconteceu com o final do Cavaquismo, o mesmo se prepara no PS. Lideranças fortes, independentemente de boas ou não, secam as envolvencias. Mas há diferenças:

- Cavaco deixou obra reconhecida (óbvio que nem tudo foram pérolas), é um homem competente, foi reconhecido pelo país várias vezes - prova está nas eleições que ganhou e voltará a ganhar neste mar de mediocridade
- Sócrates desbaratou uma maioria pela teimosia, incapacidade e umas confusões ainda por explicar, que todos os dias se alimentam.

Por falar em confusões: Oliveira e Costa e Dias Loureiro estão a contas com a Justiça, e ainda bem, e do outro lado, houve consequências? adiante...

- Cavaco, nunca deu "cavaco" ao partido, foi senhor do seu nariz. Sócrates subiu pela escada do partido, chegou lá e emancipou-se, mas nunca deixou de manobrar o PS com os seus boys nos lugares certos, incluindo empresas públicas e instituições do estado de direito.

O fim de ciclo para o PS está ai. A melhor porta, a menos humilhante, seria uma demissão do Governo ou uma dissolução da AR. Mas não terão essa sorte, até porque isso é prejudicial na actual conjuntura, pelo que os casos vão-se sucedendo até à desgraça final. Só não entendo, como é que o outro PS não substitui o 1º ministro sem dramas, em que todos sairiam a ganhar, menos Sócrates é claro, mas seria o país à frente dos interesses de um homem.

Os sinais vão-se sucedendo. Por estes dias, o ex-deputado socialista e actual membro da distrital do PS-Porto Pedro Baptista afirma que "o PS não é propriamente um rebanho que avança quando os sinos tocam a rebate só porque o líder está a passar por um momento difícil". Refere ainda que o PS «tem vivido numa ditadura do silêncio e agora, porque o líder tem um problema, carrega-se no botão e acciona-se o rebanho». «Este não é o Partido Socialista Nacional Alemão», frisa, lamentando que Sócrates só tenha apelado ao diálogo interno «por se encontrar numa situação difícil».
Noutra frente, abrem-se outras brechas no PS, Fernando Nobre, o líder da organização não governamental AMI, avança com uma candidatura a Belém apoiado por soaristas num claro despeito por Alegre. Cavaco sendo um candidato forte, tem aqui uma mão amiga do Dr Soares, um velho "rival se sangue", no entanto os ódios internos sobrepõem-se.
Como diria o Jamais: C´est la vie!
(...)
Sobre o PSD, Santana Lopes lá deu uma boa cartada. Isto de lideres ao colo e sem prova oral é mediocre: 1º o congresso para discutir e confrontar ideias, e depois a escolha. Todos sabem que Rangel é temivel ao PS, por isso, os jornais do regime apostarão em levar ao colo Passos Coelho. Aguiar Branco, tem legitimidade e competência, mas na minha modesta opinião, Rangel possui iguais caracteristicas e já ganhou eleições, tem carisma e seria um candidato não só para o partido mas para o país.

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