É paróquia antiga. O "Censual" de Braga (séc. XI) refere-a na Terra de Faria com o título "De Sancto Micahele de Argivai". Incluia a paróquia de Argivai o extenso território medieval de Varazim, fronteiro ao mar, onde havia D. Dinis de fundar a "Póboa", dando lugar a uma entidade jurídica nova denominada no séc. XIV por "Póboa Nova de Varzim". Nos fins do séx. XV ou início do séc. XVI, o Cabido de Braga que era o Padroeiro de Argivai contratou com a Câmara da Póvoa, a criação de uma Vigararia, incluindo nela aquele território de Varzim.
Comemoração dos 20 anos da construção da Lancha Poveira do Alto - Fé em Deus
Bolsa Concelhia de Voluntariado da Póvoa de Varzim
SOBRE O AQUEDUTO DE SANTA CLARA
O monumento atravessa Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
É protegido pelo Dec. 16-06-1910, DG 136 de 23 Junho 1910, incluído na Zona Especial de Protecção da Igreja de Santa Clara ( v. 1316280004 )
Enquadramento : Rural, isolado, adossado, destacado, em elevação. A sua envolvente está pouco cuidada, existindo construções adossadas a alguns tramos, nomeadamente próximo do Mosteiro de Santa Clara e Igreja de São Francisco.
Descrição : Canal artifícial construído desde o Convento de Santa Clara até à nascente e inicialmente formado por 999 arcos. Do conjunto resta ainda uma grande parte da estrutura inicial, embora já muito fraccionada, sendo o troço da Igreja de Santa Clara e até ao limite do Concelho de Vila do Conde o que melhor conservação apresenta, numa extensão de 500m, num total de cerca de quatro quilómetros. Possui uma arcaria de envergadura e altura decrescente, com arcos quebrados e perfil superior do canal arredondado.
Utilização Inicial : Equipamento: Aqueduto
Utilização Actual : Marco histórico-cultural
Propriedade : Pública: estatal
Época Construção : Séc. 17 / 18
Arquitecto/Construtor/Autor : Manuel Pinho Vilalobos (arq.); João Rodrigues e Domingos Moreira (const.).
Cronologia : 1626 - A abadessa D. Maria de Meneses compra terrenos e contrata mestres para construção de um aqueduto que trouxesse águas de uma nascente em Terroso, na Póvoa de Varzim, para abastecimento do Mosteiro; 1636 - interrupção das obras devido à descoberta de um desnivelamento, tornando assim inútil todo o trabalho realizado anteriormente; 1705, 19 Dez. - reinício das obras; 1714, 20 Out. - chegada da água ao chafariz do claustro; 1929 / 1932 - derrube intencional de cinco arcos, aquando das obras de restauro da Igreja de Santa Clara, para melhor visualização da ábside.
Bibliografia : VIEIRA, José Augusto, O Minho Pitoresco, tomo II, Lisboa, 1887; MAIA, Luis, O Aqueduto do Mosteiro in Ilustração Vilacondense, Ano I, Vila do Conde, 1910; FERREIRA, Monsº J. Augusto, Vila do Conde e seu Alfoz. Origens e Monumentos, Porto, 1923; GONÇALVES, Flávio, Dois Monumentos in Brotéria, vol. XLVII, nº 5, Lisboa, 1948; BASTO, A. de Magalhães, Falam Velhos Manuscritos ... A construção do famoso Aqueduto do Real Mosteiro de Santa Clara de Vila do Conde, O Primeiro de Janeiro, Porto, 30 de Dezembro de 1949; FREITAS, Eugénio de Andrea da Cunha e, O Aqueduto de Santa Clara de Vila do Conde in Boletim Vila do Conde, nº 2, Barcelos, 1961; BASTO, A. de Magalhães, Apontamentos para um Dicionário de Artistas, Porto, 1961; MARQUES, Ângelo Teixeira, Aqueduto em risco de ruína, Público, 15 Jan. 1997.
Intervenção Realizada : 1995 - Conservação e consolidação do tramo do aqueduto fronteiro à Rua das Mós, incluindo o tratamento dos paramentos e muros de travação; 1996 - continuação dos trabalhos de conservação e consolidação do aqueduto em cerca de 500 metros, na continuação do tramo objecto de intervenção no ano anterior; 1997 - obras de beneficiação de 80 arcos e 13 pilares frente ao campo de futebol até ao limite do Concelho de Vila do Conde.
Desde o início que existiam dificuldades no abastecimento de água ao convento. Ao princípio, as freiras remediavam-se com uma cisterna; depois contrataram serviços de aguadeiros; e mais tarde, recorreram a uma grande arca de água, fábrica da fundação do Convento, e que descia por dilatados degraus de pedraria. *2 - Os tramos do aqueduto compreendidos no concelho de Póvoa de Varzim encontram-se em pior estado de conservação visto não terem ainda recebido obras de conservação. Por exemplo, na freguesia de Argivai, restam apenas as aduelas dos antigos arcos dentro de uma propriedade; na freguesia de Beiriz já cairam oito arcos e outros, devido à sua inclinação e desgaste, ameaçam ruir.
1 comentários:
Neste caso pode-se dider que os cães ja correram com a raposa ihihihi
José Silva
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