quarta-feira, 11 de abril de 2012

"O governo vai ter de escolher"

O tesouro está falido. Portugal é um protetorado da troika e faz-nos lembrar a casa do dr Salazar nos últimos dias, onde era encenado o statos quo da ditadura.


Terá isto salvação? claro que tem, mas exige coragem e determinação de um grande estadista como o Marquês de Pombal, nem que para isso se cortem as cabeças de alguns grupos.

O governo vai ter de escolher entre o bem comum e meia duzia de interesses instalados em grandes empresas que vivem à custa da espoliação dos indigenas, umas privadas outras ainda com capital publico. Só para dar um exemplo, quando o governo der de bandeja o mercado nacional à EDP ( sem tarifação ) os preços vão disparar uns 15% em dois anos. Nos combustiveis é o mesmo, os esquemas de logística, prejudicam sempre o consumidor, já para não falar na limitação de licenças de revendedores: aqui na Póvoa porque não existe uma low-cost!

A celeridade em cortar nos rendimentos do trabalho e nos direitos constitucionais, não tem sido a mesma para as chamadas empresas que vivem à custa do regime e estão metidas nas PPPs. Dir-se-á: "ah e tal, são tudo contratos assinados". E então quanto ao bem comum, haverá lei mais forte que a Constituição da Republica, da qual se faz tábua rasa? poderão contratos elaborados e assinados de forma duvidosa, porventura casos de policia, sobrepor-se ao bem comum e à salvação nacional? rasguem os contratos e deixem ir para tribunal, e que o tribunal decida com o mesmo critério que aplicou nos cortes de salarios, subsidios e reformas.

O governo não pode agir como Sócrates, é preciso dizer a verdade, ao que se vem, de uma vez só. O caso dos subsídios pode ser a cova do governo, deve dizer aquilo que pensa e não sentar-se em eufumismos. Se em vespras de eleições der 5 ou 10%, mais vale estar quieto, pois já vai tarde e não se livra de eleitoralismo, lembrando o que fez Sócrates em vespras de eleições. Pelo que se lê nas entrelinhas não voltarão mais. Cavaco foi mais sensato dizendo que era cedo cedo para fazer promessas.

Uma coisa é certa, as previsões apontam para uma queda superior na economia, sendo óbvio, que tal dimensão de cortes no rendimento das famílias e no investimento põe de gatas a economia nacional já débil estruturalmente, não dando hipótese de fazer o ajustamento negociado em tão curto espaço de tempo.

A carga fiscal já ultrapassou o admissível e está a matar a economia e as famílias. A queda de muitos impostos é real. O desemprego está nos 15%. Mas - perdoem-me voltar às vacas sagradas - há um conjunto de oásis que se continuam a dar muito bem em tempo de crise: são esses que têm de passar a contribuir também para a salvação nacional.

1 comentários:

Anónimo,  12 de abril de 2012 às 23:30  

O governo já resolveu a situação!
Paga-se às PPP com o dinheiro poupado com as turmas de 30 alunos.
Para o ano aumentam-se para 35 e já se pode pagar um pouco mais!

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