sábado, 3 de agosto de 2013

" o militante do PPD não é de direita "

O que se passa hoje no MEC é inadmissível  num estado de direito democrático.

Portugal é uma democracia parlamentar republicana. Ora se há uma ideia importante no republicanismo em Portugal, é a da escola publica.

Nuno Crato (NC), e o MEC a que preside fez uma coisa impensável e nunca vista até hoje em Portugal. Colocou entraves à entrada de alunos no sistema público de ensino.

Milhares de alunos constituídos em centenas de turmas por todo o país foram impedidos de entrar no sistema publico de ensino. Os Diretores de escolas apresentaram turmas legalmente constituídas, que o MEC não aprovou, colocando milhares de alunos sem escola e pais à beira de um ataque de nervos.

Obviamente que esta atitude ilegal, levou a que os diretores de escolas, mandassem professores de quadro para a mobilidade, causando instabilidade nas famílias, nas escolas e na classe docente, que pelos vistos há muitos anos que está impedida de ter férias, pois o Agosto é este inferno.

A associação dos diretores escolares pondera colocar o MEC em tribunal, pois a sua palavra e brio profissional é posta em cheque perante a comunidade quando são obrigados a impedir alunos de entrar no sistema publico de ensino.

Esta atitude do MEC não é inocente:
- pretende pressionar, desestabilizar e denegrir o sistema publico
- tem por objetivo desviar alunos para o sistema privado
- pretende desviar alunos para os novos cursos vocacionais ( uma forma barata de despachar alunos do sistema)

NC sempre defendeu que os pais devem poder escolher a escola dos filhos. Hoje o que faz NC é impedir que os pais matriculem os filhos nas escolas publicas da sua preferência, simplesmente não aprovando turmas legalmente constituídas.

NC que acabou com o plano da matemática, com as novas oportunidades (uma boa ideia mal operacionalizada), com muitos cursos profissionais (que foram defendidos na linha do aluno como um produto) , apresentou agora os cursos vocacionais, que até admito que pudessem substituir os profissionais, mas, já borrou a pintura toda dizendo que, poderão apenas durar um ano dando correspondência  ao 3º ciclo. Então o NC critica as novas oportunidades mas faz o mesmo com os cursos vocacionais: economicismo e facilitismo!

Na questão da obstaculização à entrada de alunos no sistema publico, está claro que NC está ao serviço de interesses privados, que levam cerca de mais de 200 milhões de euros por ano dos nossos impostos para colégios privados que funcionam ao lado da rede publica que está com capacidade mas sem alunos: o contribuinte paga duas vezes - deve ser investigado pelo tribunal de contas e ministério público . Estão centenas de professores do sistema publico com horário zero, porque escolas privadas ao lado ficaram com alunos desviados do sistema publico, num mecanismo que é autorizado e pago pelo MEC com o nosso dinheiro. Esses professores, serão depois mandados para a mobilidade e depois serão postos em fundo de desemprego, num processo que dura uns três anos, e no global custa milhões aos contribuintes, só por o MEC de NC ter um preconceito ideológico e não se envergonhar nada de estar ao serviço de interesses privados, facilitado pelo apoio de Paulo Portas cujas ideias para educação são conhecidas, nomeadamente o cheque ensino.

Alguém que relembre a Nuno Crato que o lider da coligação é o PSD, antigo PPD fundado por Sá Carneiro que costumava dizer que " o militantes do PPD não é de direita "

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