Ou há moralidade ou comem todos
A propósito do que se tem escrito por aqui nos últimos dias à cerca de cortes na defesa e saúde, ontem, PPCoelho e o ministro da defesa deram sinais nesse sentido. O 1º ministro lá foi dizendo que era necessário adequar a estrutura de chefias às necessidades do país.
O problema é complexo. Se por um lado é possível cortar em missões, material e equipamentos, por outro, há uma quantidade enorme e desajustada de oficiais e sargentos que ficam sem nada para fazer, com um elevado nível de remuneração. O que fazer? não se podendo despedir estes funcionários, a solução é irem desempenhar outras missões dentro do estado, nomeadamente na vigilância de matas, contrabando, proteção civil e noutras forças de segurança. A redução de efectivos será portanto geracional, e até não demorará muito tempo, pois são activos envelhecidos herdados da guerra colonial.
Na saúde, o ministro Paulo Macedo ( pessoa de reconhecida competência, que já tinha posto o fisco a funcionar, trazido por M.F.Leite) já avisou que há 2300 médicos a mais nas áreas metropolitanas. É por isso tempo, de os médicos também terem de aceitar lugares onde a administração mais precisa deles, sendo colocados em concurso nacional e com penalizações por não aceitação do lugar, como acontece com outros profissionais do estado. Como dizia o outro, ou há moralidade ou comem todos.
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