segunda-feira, 26 de maio de 2014

EUROPEIAS 2014



 Aires Pereira, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim comentou os resultados obtidos no concelho para o Parlamento Europeu: “Os resultados da Póvoa de Varzim são um bocadinho diferentes dos nacionais. Aliança Portugal foi o partido mais votado no concelho, com 42,4%. Em segundo lugar ficou o Partido Socialista com 24,5%, em terceiro, uma surpresa, mas também já confirmado a nível nacional, o Movimento Partido da Terra, com 8,5% e em quarto lugar, o Partido Comunista Português/Partido Ecologista Os Verdes, com 6,5% e, dos grandes partidos, o Bloco ocupa o quinto lugar, com 3,7%. A Aliança Portugal ganhou em todas as freguesias do concelho da Póvoa de Varzim”, anunciou o Presidente. Sobre este resultado, o autarca reconheceu que “desde que ando nestas lutas, o PSD nunca perdeu uma eleição. Estes resultados estão em linha com aquilo que são as escolhas do povo do concelho da Póvoa de Varzim”.
“Há a registar também um valor de abstenção um pouco acima daquilo que são as projeções para a média nacional. No caso do concelho da Póvoa de Varzim, a abstenção atingiu os 71% e os votos brancos 4,7%”, revelou.
Em relação à abstenção, Aires Pereira transmitiu que “está em linha com aquilo que se passa no país e com aquilo que é tradição dos resultados. Não é assim tão diferente daquilo que foi a média das abstenções nas eleições anteriores. A abstenção é um fenómeno que tem vindo a intensificar-se nos últimos anos e, portanto, todos temos que fazer um esforço no sentido de mobilizar as pessoas e de as convencer da importância que tem o seu voto. Tendo em conta os resultados pela Europa toda, há sinais muito evidentes de que pode estar em causa a própria prática democrática, uma vez que há partidos, quer da extrema-direita quer da extrema-esquerda a assumirem um protagonismo cada vez maior em toda a Europa”. 

O PS não teve o resultado que esperaria e ao inicio da noite, até embandeirou um pouco em arco, quando ainda faltava apurar muita freguesia. O voto de protesto centrou-se no MPT de Marinho Pinto e no PCP. O bloco, como esperava, saiu pulverizado, pois hoje percebe-se que não acrescentou à democracia, nem tampouco tem utilidade numa alternativa de esquerda, da qual aliás foge.

A coligação PSD/PP foi derrotada, o resultado foi mau, como se esperava, resultado do desgaste de três anos de troika e de duras politicas de austeridade; na Póvoa manteve a vitória, como tem sido  hábito nas escolhas deste povo, e, uma vez que todos quiseram misturar as escalas de análise (europeia, nacional e local) o povo também escolheu em conformidade, de acordo com um concelho bem gerido.

O MPT e Marinho e Pinto vão cavalgar a onda para as legislativas, começando ai uma quebra de lealdade com quem os colocou na Europa. Pode ser que comece ai o esfumar da coisa, porque os portugueses são muito inteligentes a votar.
O PS fica com um problema: com tudo a favor apenas se distância 3% da coligação e à esquerda quem lhe vai estender a mão? Seguro mais uma vez a prazo, com António Costa que já disse isto mesmo.

A coligação vai esfumar-se. Portas escondeu-se no eleitorado do PSD, porque o partido do contribuinte, dos reformados, o que rompeu a coligação deixando o país de calças na mão teria tido ontem uns 3% a correr bem. Nas legislativas cada um por si. Portas começará já, como é hábito, a roer a corda, forjando bandeiras eleitorais para o ano (se alguém lhe der crédito), preparando-se para uma coligação com o PS (nas suas contas) - pode ser que o fogareiro fique com as contas furadas, porque: se as sondagens dizem que Passos governou mal, também dizem que Seguro não serve. No seguimento espera-se golpe palaciano no Rato.

Na Europa a coisa tremeu e em França caiu de madura. Os extremos do espectro politico ganharam força, mas o centrão aguentou-se e o PPE manteve uma maioria que não chega. Bastou no entanto para acalmar os mercados e hoje as bolsas estão verdes.

Por ultimo a forte abstenção continua, a sinalizar as más politicas tomadas que levaram países à bancarrota. 


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Nossa Senhora do Bom Sucesso



















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quarta-feira, 21 de maio de 2014

Votemos na mesma

De facto tenho vindo aqui pouco. Cada vez tenho menos tempo e também dinheiro (sorriso); haja saúde!

Quando puder coloco as fotos da procissão da Srª Bom Sucesso, pois sei que esperam por isso.

No próximo fim de semana há eleições europeias. Vamos votar. Mesmo sem motivação é um direito que temos. Vamos usá-lo.

Hoje não há politica interna e europeia. É a mesma coisa. Com a perda de autonomia nacional as questões que nos interessam debatem-se cada vez  mais no parlamneto europeu.

A campanha tem sido fraca e pouco esclarecedora. Mas votemos na mesma.

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sexta-feira, 25 de abril de 2014

" os que fizeram o 25 de abril governaram-se com ele"

Hoje comemora-se o 25 de Abril.

É um dia especial. Sim, apesar de tudo é.

O país está no entanto partido. Políticos de um lado, acantonados na assembleia da republica, militares e povo no largo do Carmo. A gestão disto foi péssima. A obrigação dos orgãos de soberania era darem o exemplo e arranjarem uma solução de consenso que integrasse os militares e desse um exemplo de unidade e solidariedade ao país, um exemplo às gerações futuras.

Continuamos com a crispação no país, e, nem o governo percebeu que nada disto lhe era favorável.

Sobre a revolução, foi importantíssima. Parte do nosso atraso e atavismo resulta ainda de dezenas de anos de ditadura que marcaram e condicionam ainda muita gente, numa psicologia colectiva reforçada nestes tempos pelas medidas do governo/troika ou pelo medo de perder o emprego.

Não há duvida que os militares foram importantíssimos mas porque raio durou isto 50 anos. Hoje parece claro que não foi um interesse colectivo mas corporativo. Um decreto de Marcelo Caetano, que adivinhava movimentações, deu poderes aos milicianos e enfraqueceu os oficiais de carreira. Foi isto a semente que arregimentou as tropas dos quartéis contra o regime, sendo óbvio que se sabia que existiria um apoio popular pelo descontentamento com a guerra colonial.

Não resisto, mais uma vez a recordar esta pragmática expressão:

" os que fizeram o 25 de abril governaram-se com ele"

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sexta-feira, 11 de abril de 2014

O welfare state é comparado hoje a um carro com motor gripado, no qual se anda até ele parar.

Welfare State , ou  Estado-providência ou Estado social é um tipo de organização social que coloca o Estado como agente da promoção  social e organizador do mercado. Neste modelo, o Estado regula aspectos sociais, políticos e económicos do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com o país em questão. Cabe ao Estado assegurar o bem-estar social através serviços públicos e proteção à população.

Este é portanto o modelo, pelo menos ideológico, que tem governado Portugal e a Europa asseguir à 2ª guerra. 

Mas este modelo, foi sustentável num determinado enquadramento demográfico, o chamado baby boom, que permitiu a sustentabilidade da segurança social num modelo em pirâmide, hoje insustentável; comparado hoje a um carro com motor gripado, no qual se anda até ele parar. 

Convém por isso mexer na formula do estado social e mantê-lo. Seria de bom tom o estado mostrar a cada contribuinte, quanto teria direito a receber pelos descontos efectuados e respectiva capitalização. Ora isto seria bom para acabar com as reformas douradas sem descontos, e para aqueles que afinal têm lá menos do que julgam. Bem sei que o welfare state pressupõe um principio de solidariedade, no entanto, não peçam a uns que trabalharam uma vida inteira, se empenharam e esforçaram, e depois recebam o mesmo que outros que levaram vida de cigarra - nem no comunismo isto funciona assim, pois é pressuposto trabalho igual.

Aos governos pede-se seriedade, que não andem a descapitalizar os fundos de reformas, desviando contribuições e empregando um dinheiro que não é seu para financiar empresas privadas e pagar dividas. Não é serio, mina a sociedade e a confiança no estado.

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