quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O eterno candidato

O PSD foi muitas vezes apelidado de "Partido do Saco Degatos", ao que me apetece dizer: mais vale discussão e polémica a paz podre e unanimismos.

O PS sempre foi mais um partido de unanimismos. Os congressos do PS nunca interessaram a ninguém, ao que João Ribeiro chamou partido de consensos, à porta do conselho nacional. Pelo contrário, os congressos do PSD sempre foram vistos com muito interesse por vários motivos.

A situação politica interna do PS é por isso saudável em dempcracia, além de importar ao país por variados motivos: é o maior partido da oposição e pertence ao arco do poder; dele depende uma oposição eficaz ao governo que contribua para melhorar a governação.

A situação foi sem duvida desencadeada pelos socratistas, que farejando a perda de popularidade do governo assente numa premonição do Dr Soares, aceleraram a disputa da liderança obrigando Seguro, que num ato inteligente e mais rápido do que muitos estariam à espera, pediu imediatamente separação de águas.

Seguro percebeu que ainda tem a vantagem do aparelho e do distanciamento à cruz pesada deixada por Sócrates, ao contrário de Costa & Ca.

Um congresso muito cedo, antes das autárquicas, não será muito favorável a Costa, pois ficará numa posição frágil na candidatura à câmara de Lisboa à qual disse já ser candidato (concerteza mais lhe vale um pássaro na mão - os dois seria sorte e génio). Ficará um munícipe de Lisboa contente em saber que o líder do PS e candidato à Câmara abandonará o mandato para ser 1º ministro?

Seara vai usar e abusar do argumento, apregoando que na realidade está a concorrer contra Manuel Salgado, o que não deixa de ser verdade.

António Costa é uma pedra em vários sapatos, no de Seara, no de Passos Coelho, no de Seguro. Não há duvida que é um candidato forte, tem experiência governativa, pragmatismo, discurso solido e coerente. Resta saber se as suas ideias agradam ao eleitorado ou se está disposto a renegar o socratismo.

No  conselho nacional, Costa manteve-se entre a hesitação e a demagogia, ao dizer que avançará para a liderança se Seguro não unir o partido, sabendo-se já que o PS já está partido, com a ala socratista a fazer estragos e a escolher um chefe que lhes dê garantias de poleiro.

Para rematar, pode-se ainda dizer que António Costa corre o risco de se tornar outro Vitorino: o eterno candidato.


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Menezes atira-se ao Porto e...

quer uma fusão com Gaia. Ora isto aparentemente parece lógico enquadrado nas economias de aglomeração, sinergias e outros quejandos!

Mas pergunta-se: estão os portuenses dispostos a pagar as dividas de Gaia?

Olhando para o meu umbigo: estaria eu disposto a ver a "minha" Póvoa junta com a Vila? então tendo a Póvoa as contas arrumadas, o que permitiu baixar os impostos municipais, iríamos nós agora suportar as dividas do vizinho que enquanto fez sol tocou e cantou na seara? não. Acho que não!

Por isso, não me parece uma boa arrancada de Meneses, nem tampouco me parece que sirva a sua candidatura a posição do PSD em expulsar Miguel Veiga se este apoiar Rui Moreira. Cairemos no campo das ofensas e vitimizações.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que seria a reforma do estado?

Julgo que seria tudo menos o que se faz atualmente. Mas, diga-se, que uma reforma não se faz, vai-se fazendo e nunca está completa.

Mas o que temos atualmente são um conjunto de medidas economicista com vista a resolver uma emergencia nacional de bancarrota. Mas não lhe chamem reforma do estado. Nem digam em Dezembro que teremos dai a três meses um corte de 4 mil milhões, e que por isso, teremos umas poucas semanas para discutir como reformar o estado. Isso é um atentado à nossa inteligência.

A reforma do estado é um processo permanente que envolve discussão com a sociedade e um conjunto de estudos sérios de universidades portuguesas e outras instituições nacionais e estrangeiras, e acima de tudo de porta aberta.

Reformar o estado leva tempo. Implica uma estratégia, em que um conjunto de medidas articuladas servem um objetivo que é melhorar os serviços prestados pelo estado.

A reforma far-se-á com os funcionários, não contra estes, e com medidas adequadas ao curto, médio e longo prazo.


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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Acabem com a ADSE !?!

Os funcionários públicos pagam mais de metade do seu seguro de saúde (ADSE) , a entidade patronal paga o resto, como acontece em muitas empresas privadas. Esta contribuição do estado no seguro de saúde, foram umas "migalhinhas" - como disse Correia de Campos - dadas aos funcionários públicos em compensação de baixos salários.

Ora os funcionários públicos alem da ADSE ainda pagam para o SNS. Acontece que acabando a ADSE são menos umas centenas de milhões de euros que entram nos cofres do estado e vai cair toda a gente no SNS, sem capacidade de resposta, piorando os serviços.

Mas isto não fica por aqui. Os privados, como a  clipovoa ou o novo hospital do Agonia, vão ficar às moscas, lançando muitos milhares no desemprego.

O sistema sócio-económico é uma pescadinha de rabo na boca. Mas o governo e o FMI são muito doutos para para olhar para estas lógicas da economia real.

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sábado, 19 de janeiro de 2013

Mau tempo em Argivai

Hoje por volta das 13 horas rebentou um cabo de média tensão por cima da fábrica das carnes, ficando a parte nascente de Argivai sem eletricidade. O concerto começou por volta das 16:30 h e às 17:30h a situação foi reestabelecida.

Estas cinco horas sem eletricidade foram suficientes para que a água subisse em muitas caves da freguesia, tendo sido chamados os bombeiros, que no dia de hoje não tiveram mãos a medir, com inundações, árvores caídas e estragos em casas. Também o piquete da EDP desabafou que estavam a trabalhar há 24 horas.

Esta noite a situação ainda vai ser critica.

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Ensino público prepara melhor alunos para terem sucesso no superior

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Mas o corte é de 4 ou 10 mil milhões?

Antonio Capucho, destacado militante do PSD, afirma que o relatorio do FMI a ser aplicado representaria um corte de 10 mil milhões de euros no estado com graves repercursões no preço dos serviços públicos e na economia. Adiantou ainda que o 1º ministro não explicou o porquê de um corte desta dimensão.

Capucho, Carreiras, David Justino, Mota Soares, Paulo Macedo, entre outros,  justificaram porque é que o estudo é duvidoso.

Os dados da educação utilizados foram os de 2000/2003 quando existem os resultados nos testes de PISA em 2006 que revelaram grandes melhorias nos resultados dos alunos. O estudo tem como base percentagens do PIB de cerca de 5 a 6% investidas em educação, quando atualmente apenas se investe 3,8% do PIB no setor, sendo que a média europeia  de 5,5% - portanto uma fraude e uma mentira o que está no relatório, Portugal investe na educação abaixo da média europeia e os resultados têm melhorado. David Justino, antigo ministro da educação do PSD, disse ontem que os cortes sugeridos são irreais, pondo em causa o funcionamento do sistema, para além das inconstitucionalidades.  A opção do FMI na educação remeteria os portugueses para o ensino privado, bem pago, num sistema com impostos altos; ironia das ironias, há uma queixa na procuradoria por uma alegada má utilização de dinheiros públicos em grupos privados de ensino!

António Capucho sugeriu ao governo pedir estudos a instituições credíveis:  às universidades Portuguesas bem colocadas em rankings mundiais, à OCDE... É que o FMI nunca aplicou um programa com sucesso - foi corrido do Brasil, em África uma desgraça, deixou a Argentina de rastos e a Grécia é o que se sabe. A própria UE veio dizer que o estudo era duvidoso.

Eu gostaria de terem analisado as empresas publicas, o setor empresarial do estado, as PPPs, os institutos, os grupos de missão, as fundações. Mas não. Sendo assim, resta concluir que o  estudo não é tecnico (até porque se técnico, seria muito mau) é politico, e só foi pedido ao FMI pela proximidade ideológica ao governo - profundamente liberal. Ora se há conclusão paradigmática recente, é que tem de haver regulação. O mercado não se regula a si próprio nem gera mecanismos de proteção e apoio social, bem pelo contrário.


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"Se estado não é social então para que serve"

Numa entrevista a um jornal, o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional da Instituições de Solidariedade (CNIS), profere esta frase lapidar:

"Se estado não é social então para que serve"

A Europa tem um modelo de estado providencia, no qual se insere Portugal. Um modelo de subsidariedade entre cidadãos. Ora se há distorções, a culpa é da classe politica e não se podem corrigir erros de 30 anos em 2/3 anos. Portugal não é um laboratório e nós não somos cobaias.

Por isso, quando o Sr. Ministro das finanças vem perguntar que estado queremos, penso que a resposta é obvia: queremos um estado social como todos os outros europeus. O sr ministro se se dá mal com o estado social, lá do alto do seu liberalismo "smithiano", tem bom remédio!



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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Abriu o ano novo

e com ele, caiu-nos em bruto um estudo do FMI encomendado pelo governo. Ou seja, o governo, não tendo feito o que lhe competia no inicio de mandato, com tempo e melhor economia, vem chamar outrem para nos dizer a correr parte do que já se sabia. Parte, porque há ali muita demagogia no tal estudo.

Estranha-se muito, como é que o estudo sai primeiro cá para fora antes de ser apresentado pelo governo que o encomendou. Depois há coisas perfeitamente irreais.  Por exemplo, há pouco mais de cem mil docentes nos quadros, como é que se vão cortar cinquenta mil? mandam-se os alunos para casa?

Não quer isto dizer, que esteja tudo mal. Aponta-se o exemplo da saúde  onde a gestão dos hospitais não é a melhor e por isso a produtividade de muitos serviços é baixa fazendo aumentar as horas extraordinárias dos médicos e as lista de espera. Temos uma tropa de generais, como gracejava um documento da diplomacia americana, num pais sem guerra, que não vigia o oceano. Há reformas milionárias no estado: juizes, titulares de orgãos de soberania, do banco de Portugal e CGD, deputados, gente que trabalhou oito anos e tem direito a uma reforma obscena. No estado temos os não qualificados com salarios e reformas  muito mais elevados que no privado, enquanto os qualificados são mal pagos, e esses, a sairem, tirarão qualidade à função publica e a sua capacidade de se reformar.

Mas onde eu gostava de ver determinação (não sei se está no estudo) era nos cortes das PPPs e nas rendas excessivas, que o FMI também refere. O que eu gostava de ver, era uma generosidade social equivalente àquela que é tida com os bancos, como recentemente mais 1100 000 000 euros para o BANIF.

Ainda recentemente o tribunal de contas referiu que os ministérios, no seu funcionamento, não haviam cortado nas despesas em paralelo com a austeridade aplicada ao resto do pais - pois aqui era facil para o governo cortar!

A reforma do pais necessita de consenso politico e social, ou, pela sua dimensão entraremos numa especie de guerra civil, e, apesar do contrario do que se tem dito, acho que estaremos já próximo da Grécia que tem um salario minimo mais elevado que o nosso.

No meio disto tudo não vi nenhuma alusão ao crescimento económico, que é afinal o nosso verdadeiro problema.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

PRIVATIZE-SE

Não estou disposto a subsidiar um setor - transportes publicos -, diga-se, CP, soflusa e outros, bem pagos com o dinheiro dos contribuintes de todo o pais, com salarios e muitos subsidios acima dos outros trabalhadores, e que se arrogam no direito de transtornar a vida de muita gente, com uma média de 2/3 dias de greve por mês.


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A mensagem do presidente

Cavaco ao contrario de anteriores discursos, foi mais incisivo e frontal:

- A receita não está a resultar. O equilibrio orçamental não é um fim em si mesmo, mas uma forma de disponibilizar recursos para a economia que está mal tratada e não gera recursos para o estado social.

- Não se podem pedir sacrifícios, ano após ano, sem nada em troca.

- O orçamento é iníquo, os reformados pagam mais que os ativos. O publico paga mais que o privado. Estas questões vão para o TC.

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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

VISITE O PRESÉPIO DE ARGIVAI







Construído por Augusto Moreira (atual presidente da Junta) , família e amigos, está exposto em sua casa e pode ser visitado até ao dia 6.

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