quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Teatro Orçamental

O orçamento foi apresentado. Os especialistas portugueses disseram tratar-se de orçamento suficiente mas não de um bom orçamento, que responda às necessidades do país. Significa que um bom orçamento para esses, teria de cortar a direito como fez a Irlanda, só que por cá os últimos anos não foram de forte crescimento como nesse pais, logo, cortar sobre o salário mínimo nacional, seria uma catástrofe. Isto não invalida de haver margem para cortes, especialmente nas mordomias da alta administração pública; por exemplo um tecto nas pensões douradas e no salário máximo, a não exceder o representante máximo da nação. É portanto uma equação difícil, mas possível.

Parece-me que o governo fez uma pega de cernelha às agências de rating. Usou a táctica da mercearia nos saldos: subiu-se o défice de 2009 de 8,3% para 9,3%, e promete-se para 2010 uma quebra de 1% antes acrescentada, e desconfio, que a coisa está cozinhada para no final deste ano ser possível apresentar abaixo de 8%: no final tudo bate palmas ao milagre financeiro do bom aluno. Aliás, este governo já fez este passe de mágica no seu primeiro mandato, em que o fiel Constâncio apresentou o défice por encomenda, cobrando a factura recentemente _ déjà vu!
As agências financeiras fingem que nos avaliam, e nós fingimos que governamos!

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O velho, o rapaz e o burro

Seguiam a pé, o velho à frente seguido do burro e atrás o neto. Ao passarem por uma povoação logo foram criticados pelos que observavam a sua passagem:
-Olhem aqueles patetas,ali com um burro e vão a pé.
-O velho disse ao neto que se montasse no burro e este assim fez. Um pouco mais adiante passaram junto de outras pessoas que logo opinaram:
-O garoto que é forte montado no burro e o velho coitado, é que vai a pé.
Então o velho mandou apear o neto e montou ele no burro. Andaram um pouco mais até que encontraram novo grupo de pessoas e mais uma vez foram censurados:
-Olhem para isto: A pobre criança a pé e ele repimpado no burro.
Ordenou então o velho ao neto:
-Sobe rapaz, seguimos os dois montados no burro.
O rapaz obedeceu de imediato e continuaram a viagem mas um pouco mais adiante um grupo de pessoas enfrentou-os com indignação:
-Apeiem-se homens crueis, querem matar o burrinho?!
Descendo do burro, disse o velho ao rapaz:
-Desce. Continuamos a viagem como começamos. Está visto que não podemos calar a boca ao mundo"
Esta rábula bastante conhecida, espelha um pouco a demagogia politica do comentário ou critica em Portugal.
Pegando na questão do orçamento de estado ( OE) e da posição do PSD. Ora este partido no inicio da discussão do OE deu logo a entender, que, na actual situação do país e depois do recado da Moddis, era urgente aprovar um OE que desse bons sinais aos mercados, sob pena da divida do país (próxima de 100% do PIB) se tornar pesada em juros.
Esta atitude do PSD foi considerada pelos criticos como o seu enterro, já que seria o compadre do orçamento e da politica socialista.
O CDS, perito em oportunismo politico, não cencuravel, jogou ao ataque, querendo contentar as suas clientelas com propostas avulsas, dizendo apenas, quanto à despesa, o PS que corte depois onde quiser e entenda-se com os descontentes.
Perante esta arrancada de Portas, vieram os críticos a vociferar com grande gáudio(veja-se o fiel Emídio Rangel ontem na RTN) que o CDS seria o coveiro do PSD, tudo estaria perdido para o grande partido da oposição sem iniciativa, sem rasgo.
Discretamente, MFLeite veio mostrar grande sabedoria politica e sentido de responsabilidade, com uma posição muito inteligente que até me surpreendeu. Diz apenas ao governo, o OE terá de ser responsável, sob pena de isto se transformar noutra Grécia, as escolhas são dos senhores, pois, como Sócrates tanto gosta de dizer, quem governa é o governo.
O PSD tem assim a responsabilidade de endireitar as contas do país perante uma politica despesista de Sócrates (veja-se a falência do programa do emprego, milhões em cima dos problemas não os resolvem) e dá a folga necessária ao governo para escolhas, pois é quem governa. Esta opção tem ainda a vantagem de não se poder associar o PSD às escolhas politicas que o PS vier a fazer.
O PSD escolheu o país, depois, não se pode agradar ao mundo todo!

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Aprovação do orçamento em Argivai.

Por falta de tempo ainda não tinha feito referencia ao assunto.
Foi apresentado o orçamento da Junta de Argivai para o exercício de 2010. Carlos Galante, Economista e elemento da Assembleia pelo PSD, referiu que tecnicamente o documento foi bem elaborado.
Os elementos do PS, querendo mostrar trabalho perante a presença em força da secção do PS Póvoa, revelaram-se por vezes, cansativos e inconsequentes na impertinência constante em várias subcontas, muitas das questões sem relevância, que levaram a perdas de tempo inutilmente: dou como exemplo, a incompreensão dos socialistas relativamente ao facto de algumas actividades não terem ainda toda a dotação assegurada. Ora um orçamento, é um documento provisional, em que há parcelas absolutas e outras relativas, faz uma previsão e dá uma orientação do que deverá ser a receita e a execução da despesa e investimento. A receita assegurada em termos absolutos, resulta das transferencias do estado, toda a restante depende de acordos e parcerias, por isso, embora se possa orçamentar, o encaixe só acontece no momento da efectivação da actividade/obra, podendo até o orçamento ser revisto e melhor adequado à relidade.
Apesar de tudo, a intervenção dos socialistas foi útil, pois ajudou a clarificar todos os pontos reforçando assim o documento. Todos os esclarecimentos foram prontamente prestados pelo executivo e no final o documento foi aprovado por unanimidade.
Augusto Moreira, estreante nestas funções, surpreendeu positivamente pelo dinamismo demonstrado, pelo conhecimento pormenorizado de todas as questões e essencialmente pelas satisfações que prestou sobre o que tem sido a actividade da junta nestes curtos meses. O tesoureiro, apesar dos críticos, demonstrou mais uma vez, porque continua a ser um elemento valioso nos executivos em Argivai, apresentou um bom orçamento e prestou todos os esclarecimentos.
Fiquei satisfeito, por se perceber claramente que a gestão da freguesia está a ser bem conduzida. Cumprimento sem excepção todos os elementos da assembleia pela forma como decorreram os trabalhos, porque do erro e da critica nasce a razão.

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O premio?

A falta de supervisão bancária em Portugal, arruinou as contas e a imagem de três bancos: BCP, BPN e BPP. O CDS fez disso bandeira e bem, tendo ficado tudo demonstrado numa comissão parlamentar de inquérito dirigida por Belém Roseira, cujo relatório final foi uma vergonha e um branqueamento do que lá se passou.
Fica a duvida se a ida de Constâncio para o BCE é um prémio, ou uma forma de despachar alguém ultra descredibilizado, inclusive pelas irreais previsões económicas.

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Portagens Gate

A novela das portagens está para durar e é certamente tema que fará discorrer muita tinta, pela importância socio-económica.
Relembro, que uma antiga comissão de utentes se extinguiu, pois a sua direcção considerou que regionalmente uma votação expressiva no PS corporizava uma concordancia com as portagens, e por isso não havia motivação para continuar.
O PC é o partido mais fortemente empenhado na contestação, querendo, como é hábito, capitalizar politicamente o descontentamento.
O CDS neste caso é contra, não sei se o é em abstracto.
O PS localmente tem um discurso de oposição - o apelidado de consumo local - mas na prática será o partido que forçará a aplicação de portagens. Sócrates quer um pais de auto-estradas, muitas serão pagas, num país de impostos exorbitantes e asfixiantes, onde o salário mínimo são 425 euros .
Pessoalmente e em teoria, sou a favor do utilizador pagador, como já acontece em termos ambientais. Creio que é um principio justo e correcto. Mas, é um principio que faz sentido mediante determinados pressupostos sociais, financeiros e económicos, que particularmente no caso do litoral Norte, não se verificam. Esta é uma posição lógica e razoável.
O Eng. Cravinho e Guterres foram os grandes obreiros e defensores das SCUTS, enquanto nos habituamos ao longo dos anos, a ver o PSD alertar para os perigos de financiamento das SCUTS. Exagerou-se neste modelo de desenvolvimento com base no betão. A Irlanda para atingir o clímax económico antes da crise não investiu em auto-estradas mas em conhecimento. Passados mais de 20 anos após a adesão à CEE, ninguém fez uma linha de mercadorias em bitola larga que nos ligasse ao centro da Europa, tal como continuam a não o fazer (o obsoleto TGV não terá mercadorias). Não fosse a oposição e a sociedade civil, a OTA seria uma realidade e já uma adjuvante real no buraco do endividamento externo, concerteza o rating da republica já estaria igual ao da Grécia, onde esta semana entrou o FMI. É este o pais socrático moderno - por sinal por estes dias lá disse o homem após quase 5 anos, que tínhamos de exportar mais, e só conseguiu falar em PMEs na véspera das eleições.
Mas começa a ser publico e notório qual o interesse na construção de tanta auto-estrada...
Relativamente ao assunto, por aquilo que ouvi e li, Macedo Vieira, tem uma posição coincidente com a aqui expressa. O principio que é justo, mas não aplicável com os actuais pressupostos: falta de alternativas viárias, défice no desenvolvimento regional e um baixo PIB percapita localmente.
Como sair daqui?
Primeiro vamos ao diálogo. Aproveitemos, que o governo agora parece que já aprendeu a dialogar!


PS - "Dados do BdP indicam que "caminho do investimento e apoio a empresas" é certo ". Quer dizer, isto foi precisamente o que o governo não fez, nem tampouco falou, além do tal investimento em betão não reprodutivo e de umas passeatas a Aljustrel do MPinho. De um trambolhão de 3% no PIB em 2009, cresceremos 0,7% em 2010 - fantástico! até estranho é o fogueteiro ser o AJSeguro: mudança de ciclo!

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Novo Ano

Com o novo ano, tradicionalmente, fazem-se balanços e estabelecem-se metas. Por aqui, resolvi fazer um face lift, tornando o blog minimalista, à minha imagem e adequado ao pouco tempo disponível. Quanto ao género, nada de muito concreto, mas sempre entre a crónica e o comentário crítico.

Um bom 2010.

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domingo, 10 de janeiro de 2010

Nevou em Argivai

Pelas 10 h da manhã caíram alguns flocos de neve em Argivai, tal como já tinha ocorrido no ano anterior embora com maior intensidade. Pode ser que ao longo do dia capte umas fotos.
(...)
Parabéns ao Braga pela liderança da liga no final da 1ª volta. Quanto ao Benfica, cumpriu com o seu campeonato que termina agora com a 1ª volta (segundo a tradição). Vamos à segunda volta.

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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Apesar do frio, hoje há sol!

Bom dia!

O mote não é apenas meteorológico.
Parece que vamos ter paz nas escolas, graças claro, à composição parlamentar, pois o acordo obtido esta madrugada entre ME e Professores, resulta da minoria governativa. Se Alçada não resolvesse o assunto, o parlamento o faria. Prova-se assim, como todos sabiam, que há soluções para distinguir os bons dos menos bons, sem ser pelo desprestigio social e profissional de uma classe. Fico-me a penas por esta pergunta aos socialistas:
Quantos milhões vai custar ao país a paralisação do sector quatro anos, o desprestigio social dos professores, o cerceamento da sua autoridade na escola inclusive por um estatuto do aluno permissivo?
(...)
Na corrida à liderança do PSD, agradou-me a ideia de l´infant terrible, de um congresso para discutir ideias antes das directas, não vá o candidato guerrilheiro pensar que são favas contadas, sem currículo e sem provas. O partido unanimista é outro, não este. Noutra frente agradou-me muito o boato de que MFL estaria a pressionar Rangel a candidatar-se - esta sim uma solução de fazer temer todos os adversários, pelos ingredientes mostrados e provados: é que este já ganhou nas urnas.
Quanto ao Professor, um bom elemento sem duvida, mas que pertence a soluções passadas e depois, não sei se cairia bem a muitos portugueses um potencial 1º ministro com perfil de comentador politico, desportivo, social, literário, etc...
Afinal o PSD não precisa de uma solução. O pais é que necessita de um PSD com uma liderança assente numa personalidade competente e com provas dadas.
(...)
O PS começou a legislatura com uma birra. Desgastar Cavaco com o olho nas presidenciais e provocar eleições antecipadas seria o objectivo. O Professor Silva lá deu um raspanete aos rapazes, e até após alguma critica social a esta vitimização do PS, parece que a estratégia do Rato se alterou, prova das pontes de entendimento no orçamento. É que governar em democracia exige alguma aprendizagem, cujos frutos estão a rebentar.
(...)
Por fim um grande cumprimento à Juvenorte, pelas magnificas janeiras cantadas na capital, relembrando aos Portugueses nossa etnografia.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Já Começou!

"A ministra da Educação revelou hoje que 83 por cento dos professores foram classificados com Bom no último ano lectivo, uma percentagem que, segundo ela, vem mostrar que os docentes com melhores notas do que esta devem ser distinguidos com uma progressão mais rápida na carreira." in P
A senhora ministra da educação já começou com as tentativas de maquilhagem, dos desaires que têm sido as negociações com os sindicatos.
A senhora sabe perfeitamente que esse nº significa apenas que a esmagadora maioria não se submeteu à avaliação na sua versão completa, com aulas assistidas, por discordar do modelo e adivinhar a sua morte lenta. Logo que saia uma versão justa e reconhecida pela maioria, a senhora ministra terá sim 83% mas de pelo menos, muito bons, e ai o que vai dizer à classe? que uns são arbitrariamente melhor que outros? ou como diz, vai distinguir os 83%?

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